Dívida pública portuguesa sobe há três meses consecutivos.
A dívida pública portuguesa aumentou para os 237,6 mil milhões de euros em maio, um novo recorde absoluto.
Face a abril, trata-se de uma subida de 1,6 mil milhões de euros. Porém, a dívida pública já sobe há três meses consecutivos, num total de mais de seis mil milhões de euros. Em fevereiro, a dúvida pública era de 231,6 mil milhões de euros.
Segundo o Banco de Portugal, o aumento justifica-se com “emissões líquidas positivas de títulos” em maio, nomeadamente de um novo produto de dívida para o retalho, as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).
Em comparação com maio de 2015, a dívida pública aumentou 6,5 mil milhões de euros.
Ainda assim, o Banco de Portugal regista um crescimento de depósitos da administração pública, que estará relacionado com a poupança junto das famílias. O valor ficou nos 20,2 mil milhões de euros, mais 500 milhões de euros em relação a abril.
Défice ultrapassou os 3% em 2015
Ainda esta sexta-feira, a Direção Geral do Orçamento (DGO) revelou que o défice português fixou-se nos 3,1% em 2015, já depois de descontar as medidas pontuais e temporários, como a resolução do Banif.
Apesar de se registar uma melhoria face ao défice de 3,6% apresentado em 2014, a Conta Geral do Estado revela que Portugal não consegue ficar abaixo dos 3% e assim pôr fim ao Procedimento dos Défices Excessivos em 2016 para evitar as sanções da União Europeia.
137 milhões em impostos por pagar
Ainda segundo a DGO, o Fisco deixou prescrever 137 milhões de euros em dívidas em 2015, mais 64,4% do que em 2014. Contudo, os impostos recuperados subiram para 983%, mais 2,5% do que no ano anterior.
A prescrição de uma dívida ocorre, por norma, oito anos após o ano em que se produziu o facto gerador da obrigação de imposto, e depois de esgotadas as possibilidades de execução das mesmas.