Um estudo publicado pela consultora Altran diz que a maioria das empresas de retalho pretende redirecionar prioridades e reduzir custos para combater o impacto da crise pandémica no comércio.
Cerca de 88% das empresas do setor do retalho prevê uma redução nas despesas para o ano de 2021, segundo um estudo da Altran, objetivo acompanhado por 50% das empresas de aeronáutica e 39% das indústrias de transporte. No entanto, 24% do setor acredita que a eficiência deve ser a prioridade no combate à crise e 19% aposta na flexibilidade.
A investigação da Altran decorreu durante o mês de outubro e abrangeu 250 empresas portuguesas de mais de dez setores de atividade, a maioria delas de grande dimensão.
A consultora indica que houve indústrias mais afetadas do que outras, embora se acredite que “a aeronáutica, retalho e transportes ainda recuperam do impacto” da pandemia.
Para 25% das empresas de aeronáutica, o foco principal será a eficiência; o mesmo acontece com 24% das empresas de retalho e com 19% das de transporte. Já a flexibilidade é vista como um objetivo a atingir por 19% das indústrias de retalho, 17% de aeronáutica e 12% de transportes.
No caso dos setores automóvel e transporte, a escalabilidade está entre os fatores de sucesso considerados, à semelhança do que acontece com os setores da manufatura, telecomunicações, finanças, gestão e engenharia.
A qualidade dos produtos apresentados ao público é também tomada como essencial para 24% dos participantes no estudo, percentagem onde se destaca as empresas de retalho, o setor público e os transportes. Já os presidentes executivos das empresas não consideram esta questão decisiva para a recuperação do impacto da pandemia, dando prioridade ao aumento dos valores de receita.