Por: Filipa Ribeiro
O Ombria Algarve é um projeto de luxo sustentável localizado no interior do concelho de Loulé, que pretende ser pioneiro de uma nova geração de resorts de baixa densidade de construção, em que a sustentabilidade, a proteção do meio ambiente e o património local são prioridades.
Em entrevista à PME Magazine, Patrick Freeman, CEO do Ombria Algarve, relata o que perspetiva para o futuro do novo projeto e quais as adversidades que enfrenta no setor da hotelaria e da construção.
PME Magazine (PME Mag.) – Em que consiste o projeto Ombria?
Patrick Freeman (P.F.) – Com abertura prevista para o último trimestre deste ano, está inserido numa paisagem natural com total respeito pela biodiversidade, numa área total de 153 hectares, com um índice de construção de apenas 3,5%. O nosso projeto tem a particularidade de ser a recriação de uma aldeia algarvia e está a ser construído respeitando os mais elevados padrões internacionais de design, serviço, qualidade e instalações disponíveis.
O conceito e design de baixa densidade, a utilização das técnicas da arquitetura bioclimática para aproveitar melhor as condições climáticas, o uso de fontes de energias renováveis, a certificação energética e ambiental e o respeito pelo meio ambiente e a tradição local são os princípios fundamentais do Ombria.
O Ombria Algarve inclui três fases de imobiliário com um total de cerca de 380 imóveis, incluindo moradias de luxo, moradias geminadas e apartamentos, e a possibilidade de investir em branded residences. As nossas Viceroy Residences contemplam 65 apartamentos integradas num hotel de 5 estrelas com gestão por uma marca hoteleira e retorno garantido de 5% para o comprador.
O hotel de 5 estrelas Viceroy Hotel & Resorts será o primeiro hotel do grupo Viceroy no sul da Europa. Além dos 65 apartamentos já mencionados acima, contará com 76 quartos que variam de dimensões entre 50 e 200 metros quadrado.
O Viceroy at Ombria Algarve terá ainda um vasto conjunto de serviços, lazer e entretenimento, como área para agricultura biológica, apicultura, piscinas aquecidas, caminhos/trilhos para passeios pela natureza ou BTT e um clube de praia numa das praias próximas.
O Ombria apresenta uma personifica a visão única e sustentável do Grupo Pontos, empresa finlandesa proprietária do empreendimento turístico. Com uma arquitetura bioclimática, inovadora e tradicional, os edifícios são revestidos com elementos à base de cortiça portuguesa e cal, para o máximo conforto térmico e de segurança. O projeto inclui ainda um inovador sistema de geotermia de baixa profundidade que vai contribuir para uma redução significativa das emissões de CO2 e que já é um “case study” a nível nacional.
PME Mag. – Enquanto pequena e média empresa (PME) no setor da hotelaria e da construção, quais considera ser os grandes obstáculos?
P.F. – O mercado imobiliário em Portugal tem crescido substancialmente nos últimos anos e continua a ser um dos países mais atrativos para investimento. Os preços das casas continuam a crescer e os fatores em Portugal são muito favoráveis a este tipo de investimento: Os rendimentos de aluguer dos imóveis, as baixas taxas de juro e o potencial de valorização a médio/longo prazo.
Atualmente os grandes obstáculos predem-se com a escassez de mão-de-obra, assim como a variação nos preços dos materiais de construção. É, também, cada vez mais premente a agilização dos processos e das burocracias na relação das empresas e dos privados com o Estado.
PME Mag. – Tendo em conta essas dificuldades, de que modo este novo projeto as pretende superar em ano de abertura?
P.F. – Temos plena confiança no empenho dos profissionais que compõem a nossa equipa e acreditamos na sua resiliência. Estamos a concentrar os nossos esforços no recrutamento de profissionais da hotelaria residentes nas imediações do Ombria, que depois iremos formar.
Face à principal preocupação do setor, a falta de mão de obra, é para nós fundamental a relação que criámos, desde a fase de lançamento, com a comunidade local. Temos por objetivo a valorização os nossos recursos, naturais e humanos, a sua integração, ligação e paixão pelo projeto. Nesse sentido, todo o nosso conceito visa construir uma filosofia de vida que convida a desacelerar e a usufruir do que de melhor a natureza tem para oferecer.
PME Mag. – Quais as perspetivas de futuro para este projeto?
P.F. – No Ombria fizemos questão de preservar o passado e preparar o futuro. Reabilitamos no nosso espaço sistemas tradicionais relacionados com a racionalização e metodologias de utilização de água e produção de cal. Foram requalificados fornos de cal, edificações que serviam de apoio à atividade agrícola, minas de água, poços, noras e levadas bem como os moinhos de água.
Temos mais de 700 árvores nativas e 53 hectares de habitats naturais e semi-naturais. Temos também um compromisso com a comunidade local através de diversos apoios e parcerias. Recentemente, encomendámos meio milhar de peças exclusivas a artistas locais para decoração dos quartos e espaços comuns do resort.
Pelas suas caraterísticas únicas, o Ombria é um resort sustentável, com forte ligação à comunidade, pensado para o futuro e para quem ambicionada tranquilidade e bem-estar. As Viceroy Residences no Ombria foram distinguidas este ano pelo prestigiado Prémio de Construção Sustentável e Eficiência Energética do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL).