FMI alerta Estados Unidos para necessidade de subir salário mínimo e melhorar condições dos trabalhadores.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as perspetivas de crescimento dos Estados Unidos, de 2,4% para 2,2% este ano. Ainda assim, o FMI considera que a economia norte-americana está em “boa forma”.
Num relatório sobre a revisão anual do crescimento da economia norte-americana, o FMI justifica a revisão em baixa com a incerteza global e a debilidade do setor energético.
Por seu turno, a taxa de desemprego deverá situar-se nos 5%. O relatório sugere, ainda, o aumento do salário mínimo de forma a combater a desigualdade no país.
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, alertou para o declínio na força laboral e na produtividade, bem como para os elevados níveis de pobreza.
“A pobreza não só cria significativas tensões sociais, como também reduz a participação na força laboral, e compromete a capacidade de investir na educação e no acesso à saúde”, disse.
Os dados do FMI apontam que 15% da população norte-americana vive na pobreza, o equivalente a 46,7 milhões de pessoas.
“Se aquela situação não for tratada vai corroer os pilares do potencial e atual crescimento e diminuir os avanços na qualidade de vida dos Estados Unidos”, acrescentou.
O FMI recomendou, ainda, a reformulação do sistema migratório para impulsionar a produtividade e o aumento dos benefícios para os trabalhadores, entre eles a baixa de maternidade paga.