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Tânia Marques
Tânia Marques, marketing & communication director da PHC Software (Foto: divulgação)

O futuro do trabalho: prepare a sua empresa

Por: Tânia Marques, marketing & communication director da PHC Software

Quando pensamos no futuro do trabalho, somos imediatamente assaltados por dúvidas e inseguranças. Se as máquinas se equiparam ao desempenho humano, isso levará a uma consequente destruição de postos de trabalho? Perante os avanços da robótica e da inteligência artificial, o trabalho humano será substituído? E como nos adaptamos aos novos modelos de negócio e de trabalho que têm emergido com as novas gerações, os millenials e a geração Z?

A este panorama de incerteza juntam-se agora as incertezas relativamente ao verdadeiro impacto da crise pandémica que vivemos. É certo que o impacto desta crise vai sentir-se de forma diferente em cada setor de atividade, mas a prioridade da maioria das organizações é comum: a continuidade do negócio. Por isso, é essencial que as organizações repensem a sua estrutura tecnológica e cultural, que consigam encontrar novas formas de colaboração e de garantir a conectividade.

Neste sentido, apresento três soluções que as empresas devem começar já a implementar, para que se permitam a inovar, a crescer, a ter sucesso.

1 – Workagile – Adaptação e produtividade

O primeiro passo para preparar a sua empresa para o futuro do trabalho é implementar metodologias e ferramentas ágeis. As empresas ágeis têm características diferentes e adaptam-se rapidamente a novas situações. Uma das suas características é o foco nas pessoas e nas suas competências. Por isso é importante, em primeiro lugar, ter as pessoas certas na equipa e, só depois, escolher a metodologia ágil que mais se adequa à organização e aos seus projetos. Esta vai facilitar a comunicação e permitir tanto o alinhamento de expectativas como a tomada de decisões rápidas. Mas atenção, porque as metodologias ágeis precisam também de ferramentas ágeis de conectividade, colaboração, trabalho remoto. E estas apenas garantem produtividade se estiverem integradas e a fazer parte do “sistema nervoso digital” da empresa.  Assim, é importante que a empresa invista num ERP completo e adaptável, que produza informação em tempo real, garanta a gestão de projetos e tarefas a executar, partilhas, análises e acesso a vários ambientes e dispositivos.  Esta é a aposta na agilidade e na produtividade, para que os negócios continuem sempre em movimento.

2 – Workculture – Motivação e flexibilidade

Colaboradores felizes são 20% mais produtivos. Então, como desenvolver, de forma consistente, a cultura empresarial? A resposta pode surpreender pela sua simplicidade: fazendo perguntas. Nas organizações, a criação de feedback e a capacidade da sua análise são fundamentais para permitir que exista crescimento e evolução. Igualmente importante, é pensar para além dos benefícios monetários e estabelecer no que consiste a compensação emocional, composta por aspetos como o sentido do propósito, a possibilidade de desenvolvimento e o acesso às ferramentas de trabalho certas para os colaboradores. Além disso, pensar no futuro do trabalho, é refletir e considerar tudo aquilo que motiva as novas gerações, como por exemplo, a flexibilidade através de opções de trabalho remoto ou de desempenho de vários papéis no seu trabalho.

3 – Workspace – Experiência e felicidade

Sabemos que, atualmente, para muitas pessoas, este espaço é a própria casa. No entanto, devemos refletir no que deve ser o “novo” espaço físico da empresa e que impacto tem sobre a experiência dos que o cruzam. Um local de trabalho digital inteligente é aquele no qual pessoas, dados, conteúdos e comunidade se encontram com as soluções tecnológicas necessárias para um bom desempenho. Entre as principais tendências do espaço de trabalho do futuro, destacam-se:

-Ambientes flexíveis que promovam a felicidade, com áreas criativas, espaços privativos e colaborativos, de lazer e de bem estar;

-Espaços que disponibilizem serviços e experiências a partir de dados dos colaboradores. A melhoria da employer experience faz-se através da recolha de feedback;

-E, por fim, espaços mais sustentáveis. Medidas como a utilização de energias renováveis, de redução de desperdício e reciclagem reafirmam a confiança dos colaboradores.

Algumas das ideias e tendências referidas, são já uma realidade para algumas empresas. Para outras, a capacidade de adaptação a novas realidades será a diferença entre parar e continuar em movimento. De uma coisa podemos ter uma certeza, no futuro, as empresas líderes serão aquelas que hoje investem em infraestrutura digital, em espaços e experiências para trabalhadores felizes.

Se quer saber mais sobre este e outros temas, não perca as PHC Exec Talks, evento do qual a PME Magazine é media partner.