Segunda-feira, Abril 28, 2025
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WTW planeia criar 300 novos postos de emprego no´hub´de Lisboa

Por: Marta Godinho

A Willis Towers Watson (WTW), empresa de consultoria, corretagem e soluções empresariais, anunciou esta segunda-feira, dia 16 de janeiro, a expansão do ´hub´ de Lisboa já existente. Está previsto a contratação de, até, 300 novos empregos nos próximos dois anos. O investimento feito ascende a 13,9 milhões de euros.

“O investimento, estimado em cerca de 15 milhões de dólares [13,9 milhões de euros], surge com base no sucesso do já existente centro de serviços da WTW em Lisboa, posicionando esta equipa como um Regional Delivery Hub que apoiará as necessidades operacionais e de negócio por toda a Europa”, pode ler-se num comunicado enviado às redações. 

A WTW explicou que a decisão de escolher a capital lisboeta relativamente a outras grandes cidades europeias foi graças à “existência de talento qualificado e diversificado, à cultura e sucesso do centro de serviços já existente, bem como a uma série de outros fatores – incluindo a forte economia, qualidade de vida e as acessibilidades da cidade de Lisboa”.

“Não podíamos estar mais entusiasmados com a escolha de Lisboa. A WTW tem grandes ambições de crescimento na Europa, e Lisboa é o local perfeito para expandir uma parte crucial das nossas operações”, diz Chad Daugherty, Global Service Delivery Strategy Leader da WTW, referido no comunicado. 

O atual centro de serviços em Lisboa tem “cerca de 170 colaboradores, dedicados principalmente a projetos na área dos planos de pensões e de reforma”.

Abertura do novo´hub´de engenharia da Five9 no Porto

Por: Marta Godinho

A empresa Five9, fornecedor de mercado de soluções em ‘Intelligent Cloud Contact Center’, anunciou esta terça-feira, dia 17 de janeiro, a abertura do seu novo ´hub´ europeu de engenharia, investigação e desenvolvimento no Porto. Pretendem atingir a marca dos 300 colaboradores nos próximos anos, sendo que já contam com o apoio de 100 colaboradores.

“As instalações contam atualmente com mais de 100 colaboradores (novos e vindos de outras localizações da empresa), e o plano é crescer este número para 300 nos próximos anos. As novas instalações vão ajudar a escalar a crescente presença internacional da Five9, que continua a expandir as suas capacidades para oferecer as inovações mais recentes em termos de Cloud Contact Center e experiência de cliente, tanto a clientes europeus como a empresas multinacionais com presença nos EUA e na EMEA”, pode ler-se em comunicado enviado às redações.

O novo escritório na cidade do Porto vai ser a sede de engenharia da empresa na Europa, de forma a abranger “trabalhos nas áreas de inteligência artificial, engenharia de software e operações Cloud”, explica a empresa.

“Quando analisámos opções para as nossas próximas instalações na EMEA, o Porto foi a escolha clara (…) a cidade é um centro tecnológico emergente, bem conectado e com uma grande base de talentos de engenharia, e permitir-nos-á continuar a nossa missão de trazer inovação em experiência de cliente e transformação de negócios a empresas em todo o mundo”, explica Mike Burkland, CEO e Chairman da Five9.

Novas rotas de verão anunciadas pela easyJet

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Por: Marta Godinho

A partir desta terça-feira, dia 17 de janeiro, já é possível adquirir os voos das novas rotas de verão da companhia aérea da easyJet a partir de Lisboa, Porto e Faro e com um total de 25 novos destinos.

“A easyJet coloca hoje à venda os voos para as novas rotas de verão, a partir de aeroportos em Portugal: de Lisboa para Glasgow, do Porto para Nápoles e Palermo e de Faro para Barcelona e Toulouse. Estas cinco novas rotas vêm reforçar a oferta da companhia para o verão 2023, totalizando assim um conjunto de 25 novos destinos”, pode ler-se em comunicado.

As ofertas da easyJet passam a ser de 89 rotas operadas em Portugal, devidamente distribuídas pelos aeroportos de Lisboa, que conta agora com 35 rotas (17 novas), o Porto com 26 destinos (três novas) e Faro com 21 trajetos (dois novos). No Funchal, a companhia aérea conta com um total de nove rotas (três novas) e mantém duas rotas no Porto Santo.

“O aumento de número de rotas em Portugal faz crescer também a capacidade de lugares disponíveis. Para 2023 estão previstos 11,2 milhões de lugares, que em comparação com o ano anterior representa um aumento de 36% – 8,2 milhões de lugares disponibilizados em 2022 -, o que realça o forte investimento da companhia no país”, é acrescentado.

“As nossas pessoas são uma das principais fontes de recrutamento de novos colaboradores” – Nuno Neves

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Por: Marta Godinho

A Precise é uma empresa portuguesa de gestão de recursos humanos especializada em recrutamento, seleção e outsourcing nas áreas da saúde e tecnologias de informação (TI) com atuação a nível nacional e internacional. Em entrevista à PME Magazine, Nuno Neves, CEO e partner da Precise, conta-nos um pouco sobre a empresa, os principais desafios de liderar uma empresa global e focada em duas áreas de negócio distintas e os planos para o ano de 2023 que agora começou.

PME Magazine (PME Mag.) – Como carateriza a empresa?

Nuno Neves (N. N.) – A Precise é uma empresa com um ADN jovem, dinâmico e bastante ambicioso que se dedica à gestão e consultoria na área de recursos humanos, com especial foco na área da saúde e nas tecnologias de informação.

PME Mag. – Que desafios surgiram no início?

N.N. – Tendo em conta que somos uma empresa com seis anos de existência, os resultados e a presença que temos atualmente no mercado de recursos humanos fez de nós uma empresa de rápido crescimento. Isto trouxe-nos vários obstáculos ou, se preferir, dores de crescimento. Nesse capítulo, destacaria as dificuldades que sentimos na adaptação necessária da nossa estrutura interna de recursos humanos à realidade do volume de negócios, enquanto nos confrontámos com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo no que respeita à atração e retenção de talento. Assim, claramente, o caminho tinha de passar por tornar a Precise uma empresa mais atrativa com benefícios que contribuíssem para a existência de uma cultura de work-life balance na empresa. Hoje, concluo que foi uma decisão acertada, pois atualmente as nossas pessoas são uma das principais fontes de recrutamento de novos colaboradores.

PME Mag. – Como traduz o conceito de Blue Friday? E de que forma é que este sistema ajudou a empresa?

N. N. – O conceito da Blue Friday não é mais do que tentar retribuir aos nossos colaboradores todo o tempo e dedicação que nos dão diariamente. Tentamos equilibrar a balança entre a vida profissional e pessoal. Rapidamente percebemos que o conceito foi muito bem recebido e isso foi bem visível nos níveis de motivação em todos os nossos colaboradores. Os objetivos traçados continuaram a ser cumpridos, enquanto a taxa de absentismo e turnover foi reduzida.

PME Mag. – Que estratégias adotam para clientes nacionais e internacionais?

N.N. – A estratégia não passa tanto pelo facto de o cliente ser nacional ou internacional, mas pela área de negócio em si. Na área da saúde, a esmagadora maioria dos clientes são nacionais, enquanto na área das TI acontece exatamente o oposto, tendo aqui os clientes internacionais uma expressão maioritária. Uma vez que na área da saúde a estratégia adotada é mais convencional e passa muito por procedimentos de contratação pública, eu destacaria a estratégia adotada para clientes internacionais na área das TI. Aqui posicionamo-nos não apenas como um parceiro de recrutamento, mas também como parceiro na área da consultoria estratégica de recursos humanos. Muitos destes clientes pretendem implementar os seus hubs tecnológicos no nosso país e para tal, precisam de um parceiro que conheça a realidade do mercado e os possa ajudar a construir uma política de atração e retenção desses mesmo recursos.

PME Mag. – Como é ser parceiro de hospitais e instituições de saúde através de outsourcing de profissionais de saúde?

N. N. – Bastante desafiante, mas, ao mesmo tempo, muito recompensador. Existe um sentimento profundo junto de todos os elementos da equipa de que estamos, indiretamente, a prestar um serviço público numa área tão sensível e precisa como é a área da saúde. Isso é algo, como deve imaginar, que tem as suas adversidades, mas que ao mesmo tempo nos enche de orgulho, pois contribuímos, com a ajuda dos nossos muito estimados e incansáveis profissionais de saúde para que os cuidados de saúde cheguem a quem mais precisa.

PME Mag. – As empresas apresentaram muitas dificuldades aquando da pandemia Covid-19, mas a Precise apresentou outro panorama. Fale-nos um pouco disso.

N. N. – Sendo as duas principais áreas de atuação da Precise no mercado de recursos humanos, a área da saúde e a área das tecnologias de informação, acabámos por estar no olho do furacão no que toca à pandemia. Contribuímos, e muito, para todo o processo de internamento e vacinação da Covid-19. Ao mesmo tempo, também assistimos a um crescimento no mercado de tecnológico devido à adaptação das empresas à realidade do confinamento, o que fez com que a procura destes mesmos profissionais não abrandasse, muito pelo contrário, acelerasse.

PME Mag. – Também dispõem do sistema da semana de quatro dias. Como tem corrido e de que forma é que tem melhorado a performance da empresa e dos seus colaboradores?

N. N. – O conceito da Blue Friday está a ser, sem dúvida, bastante positivo. Se queremos reter o talento nas nossas empresas, temos de estar próximos das nossas pessoas e perceber se efetivamente vêm trabalhar a vestir a camisola ou apenas por obrigação. Para tal, temos de entender se o volume de trabalho e a carga de stress não estão a contribuir para um desequilíbrio nesta balança. Este tipo de iniciativas e benefícios são a nossa tentativa para equilibrar essa mesma balança, dando-lhes mais tempo para a sua vida pessoal.

PME Mag. – Como define o ano de 2022 para a Precise?

N. N. – O ano de 2022 foi, sobretudo, um ano de afirmação do brand awareness da Precise no mercado de recursos humanos em Portugal, mas também um ano de confirmação no que respeita aos resultados obtidos, existindo uma continuidade no crescimento dos números dos anos anteriores.

PME Mag. – Quais são os planos da Precise para 2023?

N. N. – Queremos estabelecer o nome da Precise no mercado como uma referência, continuando a apostar e expandir a nossa presença em clientes internacionais na área das TI, e, simultaneamente, consolidar e diversificar o nosso negócio na área da saúde. Durante 2023, esperamos também apostar em novas ideias para oportunidades de negócio, mas para já não posso revelar mais. Nestas coisas, como diz o ditado, o segredo é a alma do negócio.

Gestão financeira dos condomínios poderá agravar-se, segundo APEGAC

Por: Marta Godinho

Segundo um estudo realizado pela Associação Lisbonense de Proprietários, a Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) informa que poderá haver um agravamento da gestão corrente e financeira dos condomínios nos meses que se avizinham.

Neste estudo foi concluído que “três em cada dez proprietários têm rendas em atraso” e que “84% dos participantes estão seguros de que os níveis de incumprimento do pagamento de renda pelos inquilinos vão aumentar durante o próximo ano”.

Diversos inquilinos pagam as despesas do condomínio aos proprietários das frações (independentemente das obrigações que constem do contrato de arrendamento que apenas vincula as partes) diretamente à administração do condomínio. Os inquilinos que deixem de pagar as rendas, também deixarão de pagar as despesas do condomínio levando, a curto ou médio prazo, ao agravamento da gestão corrente e financeira dos condomínios.

Nos resultados do inquérito, 40% dos entrevistados afirma que vai manter inalterada a forma como pratica o arrendamento, sendo que “um terço dos respondentes refere que este ano irá apenas celebrar novos contratos de arrendamento com a duração mínima e não renováveis”.

Assim, a direção da APEGAC reforça que as administrações devem estar atentas a estas eventualidades e dar imediato conhecimento aos proprietários das frações arrendadas. Isto tudo de forma que estes procedam ao pagamento e possam proceder contra os seus arrendatários, se necessário.

“Este é um setor de atividade que é imediatamente atingido em qualquer crise, razão pela qual a associação está preocupada, face à realidade que já vivemos e que poderá agravar-se, o que levou a recomendar aos seus associados que tomem medidas que possibilitem ultrapassar a crise sem prejudicar a qualidade do serviço, como o aumento dos seus honorários; recurso às novas tecnologias; substituição do papel pela digitalização de documentos; medidas para redução do consumo de energia; renegociação dos contratos de prestação de serviços, entre outros”, afirma Vítor Amaral, presidente da APEGAC.

Stratesys e Universidade Lusófona celebram protocolo para criar academias de formação em tecnologia

Por: Marta Godinho

A Universidade Lusófona e a multinacional tecnológica Stratesys, um hub digital entre a Europa e a América, avançaram com um protocolo que concretiza a criação de academias para a formação, programas de estágio e projetos de integração de jovens licenciados de diversas áreas de tecnologia no mercado de trabalho.

O principal objetivo deste protocolo é a aproximação da formação académica com a experiência profissional, colaborando com equipas especialistas em desafios e projetos reais do mercado de trabalho. De acordo com o comunicado enviado às redações, “esta parceria reflete a aposta da Stratesys em Portugal para acelerar as habilidades digitais de jovens licenciados e recrutar novos talentos para alocar a projetos internacionais”.

As academias apresentam um foco de partilha bidirecional, onde a Universidade Lusófona dispõe o acesso a formação e apoio académico em projetos de investigação e formação de equipas Stratesys e onde a mesma desenvolverá programas de estágio e academias de formação para os alunos de áreas como Engenharia Informática, Informática de Gestão entre outras. Os alunos serão acompanhados nos modelos de laboratório para a resolução teórica de desafios em cibersegurança e inteligência artificial.

“Com esta iniciativa, a Stratesys integra Portugal numa estratégia de aposta na formação e criação de emprego jovem de qualidade. Temos verificado que em Portugal os jovens têm uma formação técnica elevada e, por uma questão cultural, têm bastante facilidade para trabalhar com outros idiomas, assim como um enorme sentido de responsabilidade e compromisso com os desafios que lhes são propostos”, afirma Tiago Duarte, diretor da Stratesys em Portugal.

“Este é um modelo de colaboração fundamental para o crescimento dos nossos alunos que alicerçam conhecimento prático da Stratesys, com o conhecimento científico da Universidade e uma das formas que a mesma tem investido na fundamental ligação ao mercado empresarial, capaz de garantir uma realidade do presente e do futuro também na academia”, sublinha Rui Ribeiro, diretor da licenciatura em Informática de Gestão da Universidade Lusófona.

A primeira academia deste protocolo arranca já em fevereiro no âmbito da Semana Informática TecWeb da Universidade Lusófona com a participação de uma dezena de alunos.

Ronda de investimento de dois milhões de euros impulsiona expansão internacional da Goparity

Por: Marta Godinho

A Goparity, plataforma de investimento e finanças éticas, anunciou uma ronda de investimento de dois milhões de euros liderada pela Mustard Seed MAZE (MSM), em conjunto com a Schneider Electric Energy Access (SEEA) e com o apoio de uma campanha de crowdfunding. A plataforma já está a entrar em diferentes mercados na Europa e o Canadá será o local do seu próximo lançamento.

O capital adquirido será utilizado para impulsionar o seu crescimento e expansão internacional, tal como desenvolver novas funcionalidades financeiras, sempre com especial atenção à sustentabilidade.

A Goparity angariou mais de 600 mil euros de investidores da plataforma com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos (69%), homens (70%) e quatro mulheres no top 10 de maiores investidores com a missão de capacitar pessoas e empresas a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas através de investimentos com impacto.

O dinheiro angariado irá para contribuir para o fomento da expansão geográfica na Europa e na América, em particular para as zonas de Espanha e Canadá. Ademais, a empresa espera contratar até 15 pessoas nos próximos anos, uma vez que tem observado o investimento através da sua plataforma em 2022, como desde o seu início entre 2018 e 2021.

“Estamos muito satisfeitos com este feito numa altura em que a angariação de capital tem sido difícil para tantas empresas em todo o mundo. Com esta ronda, queremos levar a Goparity para o próximo nível: trazer o financiamento de impacto à vida diária dos nossos utilizadores para que possam, em cada investimento, conta, ou transação, ter a certeza de que o seu dinheiro está a ser utilizado de acordo com os seus valores”, afirma Nuno Brito Jorge, fundador e CEO da Goparity.

Sobre a campanha de crowdfunding ainda acrescenta que “uma empresa como a nossa, centrada em investimentos coletivos para o impacto ambiental e social, beneficiará de ser parcialmente detida pela comunidade que serve. Portanto, para além dos investidores institucionais, decidimos liderar pelo exemplo e dar à nossa comunidade a oportunidade de ser também acionista da empresa.”

“A Goparity é uma das principais preferências dos consumidores no que diz respeito à utilização dos seus recursos financeiros, poupanças e planos para projetos de investimento com impacto, o que é comprovado pelo crescimento do impacto e da utilização ao longo do ano passado”, sublinha António Miguel, da MSM.

Marta Carneiro Enes, da SEEA, finalizou, dizendo que “a Goparity proporciona uma forma alternativa e facilmente acessível às empresas de impacto para financiar os seus projetos sustentáveis através da democratização do investimento de impacto. A SEEA é particularmente sensível ao financiamento de iniciativas de energia sustentável e economia social, bem como à contribuição da Goparity para projetos europeus dedicados à justiça e à luta contra a pobreza energética.”

O objetivo primordial da Goparity é democratizar o acesso ao financiamento sustentável, juntando empresas e pessoas que procuram investir em projetos com repercussões positivas nas pessoas e, acima de tudo, no planeta. Os projetos financiados com recurso à plataforma já conseguiram apoiar 200 mil pessoas em situações vulneráveis, criar sete mil postos de trabalho e contribuir para evitar a emissão de 23,8 mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera todos os anos.

Em 2022, a Goparity duplicou o seu volume de negócios com uma angariação de 10,4 milhões de euros de investimento e com 30 mil utilizadores de mais de 70 países.

AEP cria apoio à descarbonização da indústria para as empresas nacionais

Por: Marta Godinho 

A Associação Empresarial Portuguesa (AEP) criou um serviço de apoio à elaboração de candidatura no âmbito do Aviso do PRR N.º3/C11-i01/2022 – “Apoio à Descarbonização da Indústria”.

Este aviso está enquadrado no conjunto de medidas que têm como objetivo contribuir para a neutralidade carbónica, através da promoção da transição energética por via da eficiência energética, do apoio às energias renováveis com especial atenção na adoção de processos e tecnologias de baixo carbono na indústria, na adoção de medidas de eficiência energética na indústria e na incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia.

Esta medida pretende apoiar o investimento necessário à transição para uma economia neutra em carbono e circular, criando valor e prosseguindo os objetivos assumidos por Portugal. Estes estão em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica aprovado por Portugal, de forma a dar resposta aos desafios da transição climática.

Os beneficiários dos apoios previstos neste aviso são empresas, de qualquer dimensão ou forma jurídica, do setor da indústria, categorias B (Indústrias extrativas) e C (Indústrias transformadoras) da classificação portuguesa das atividades económicas.

A submissão das candidaturas pode ser realizada até dia 17 de fevereiro.

“A Paynest pode evitar o recurso ao crédito com juros acima de 20%.” – Nuno Pereira

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Por: Marta Godinho

A Paynest é uma plataforma exclusivamente online que se destina a empresas que permitem que os seus colaboradores sejam pagos de forma flexível e que recebam uma parcela do seu salário de forma simples, sem juros e pragmática. Em entrevista à PME Magazine, Nuno Pereira, cofundador & CEO da Paynest, conta-nos um pouco sobre o funcionamento da empresa, a sua aplicação, o apoio financeiro individual que é prestado e os planos para 2023.

PME Magazine (PME Mag.) – Como caracteriza a plataforma?

Nuno Pereira (N. P.) – A Paynest é uma plataforma online destinada a empresas que permite que os seus colaboradores sejam pagos de forma flexível e recebam uma parcela do salário pela qual já trabalharam, de forma simples, rápida, transparente e, o mais importante, sem juros. A par da funcionalidade de remuneração, a Paynest tem um mecanismo de prevenção ao endividamento baseado na promoção da literacia financeira, através de conteúdos personalizados e do acesso individual e confidencial a uma equipa de coaches financeiros.

PME Mag. – Como funcionam os métodos de pagamento?

N. P. – Disponibilizar o serviço da Paynest numa determinada organização é simples e rápido. As empresas definem as condições que querem oferecer aos seus colaboradores e criam o fundo de onde saem os adiantamentos, e integramos a solução com o seu sistema de processamento de salários, sem necessidade de interrupções ou mudanças nos seus processos. Ao longo do tempo, os empregadores podem ajustar e personalizar as suas definições em qualquer altura, através da plataforma de gestão, assim como acompanhar os movimentos e obter uma visão geral da situação económica e da literacia financeira dos seus colaboradores. Do lado dos trabalhadores, basta que instalem a app da Paynest e ficam, instantaneamente, com acesso ao valor pelo qual já trabalharam e às ferramentas de literacia financeira gratuitas. Caso tenham questões, podem sempre contar com o acompanhamento individual, personalizado e confidencial de um coach financeiro, através de um chat.

PME Mag. – Como é que se diferenciam de todas as outras plataformas de apoio salarial?

N. P. – A Paynest é a solução neste segmento de benefícios mais completa para as empresas por agrupar os dois tipos de serviços: por um lado, os adiantamentos salariais e, por outro, a promoção da educação financeira. A nível nacional, a Paynest não tem um concorrente que disponibilize um produto que integre estas duas componentes.

PME Mag. – O que podem dizer aos vossos utilizadores sobre a dinâmica e pragmatismo da vossa aplicação?

N. P. – A Paynest é uma alternativa segura, transparente e muito eficiente para os trabalhadores portugueses que se veem com dificuldades económicas em alguns momentos da sua vida. Um estudo da Pordata mostrou recentemente que seis em cada dez portugueses com rendimentos abaixo do limiar da pobreza não conseguem fazer face a uma despesa inesperada. Com esta solução, em vez de escolherem o caminho do endividamento, com empréstimos com taxas de juro pesadas, podem levantar aquilo que já é seu por direito, uma parcela do salário pelo qual já trabalharam, enquanto têm apoio no desenvolvimento da sua literacia financeira e na gestão das suas finanças pessoais.

PME Mag. – De que forma é que reduzem as possibilidades de endividamento dos vossos utilizadores?

N. P. – A missão da Paynest é acabar com os microcréditos a que se recorre quando há imprevistos ou despesas de última hora que não podem esperar pelo fim do mês para serem cobertas. Tomemos o exemplo de um colaborador que receba 1000€ líquidos mensais e não tenha grandes poupanças. Se tiver problemas com o carro e necessitar de cobrir a despesa do seu arranjo, uma solução como a Paynest pode evitar o recurso ao crédito com juros acima de 20%. Para além disso, a Paynest dispõe de serviço de apoio e desenvolvimento de literacia financeira com diversos conteúdos e coaches especializados que ajudam a entender como se pode evitar estas situações e poupar para o futuro.

PME Mag. – Sentem que o apoio financeiro individual é uma caraterística iminente da vossa plataforma? Se sim, quais são as suas vantagens?

N. P. – A Paynest ainda está a arrancar a sua operação, mas outras empresas deste segmento presentes noutros mercados comprovam que 78% dos colaboradores que já usufrui desta solução afirmam gostar de conseguir pagar um custo extra inesperado, 86% sente-se menos stressado e considera que tem mais controlo sobre as suas finanças e 88% consegue antever a redução de dependência de créditos. Do ponto de vista das empresas, a oferta de serviços da Paynest é uma mais-valia, que será vista como uma pioneira na oferta deste tipo de benefício e, portanto, mais atrativa aos olhos de quem procura emprego. Além disso, esta solução poderá também melhorar os níveis de retenção, já que permite dar resposta aos 78% de colaboradores que demonstram estar dispostos a trocar de empresa em troca de mais benefícios monetários. Afeta também a produtividade, pois há um alívio da preocupação com as questões financeiras, que cria barreiras na performance do profissional. Para quem trabalha por turnos, também será previsível um aumento do número de turnos por colaborador, uma vez que este modelo salarial mais flexível lhes dá maior controlo sobre o que podem receber.

PME Mag. – Acredita que “carteira organizada” corresponde a “vida organizada”?

N. P. – Sim, um colaborador que tenha maior controle sobre as suas finanças, terá maior liberdade e uma vida mais estável e organizada. Ao trabalhar a literacia financeira e proporcionar aos colaboradores o benefício de resgatar uma parte do seu salário, a empresa está a aumentar a resiliência financeira dos seus colaboradores. Para o colaborador, um sistema como o da Paynest é benéfico porque pode gerir o seu trabalho de forma a maximizar os seus rendimentos e sentir um maior controlo sobre as suas finanças de forma transparente – tem visibilidade sobre os critérios de adiantamento do salário – e instantânea – pode receber o valor no momento, evitando passar pelo processo, por vezes incómodo, de apresentar o pedido ao empregador. Esta liberdade financeira reduz o stress associado às preocupações financeiras dos colaboradores, aumenta a sua produtividade e contribui para a sua retenção na empresa. Dados de empresas que operam neste segmento em mercados internacionais comprovam que 78% dos colaboradores que já usufruem desta solução afirmam gostar de conseguir pagar um custo extra inesperado, 86% sentem-se menos stressados e consideram que têm mais controlo sobre as suas finanças e 88% conseguem antever a redução de dependência de créditos. Para a empresa, esta solução poderá também melhorar entre 20 e 30% os níveis de retenção, já que permite dar resposta aos 78% de colaboradores que demonstram estar dispostos a trocar de empresa em troca de mais benefícios monetários, e para a produtividade, pois há um alívio da preocupação com as questões financeiras, que cria barreiras na performance do profissional. Para quem trabalha por turnos, também será previsível um aumento do número de turnos por colaborador, uma vez que este modelo salarial mais flexível lhes dá maior controlo sobre o que podem receber.

PME Mag. – Que novidades e novos planos tem para 2023?

N. P. – De momento, estamos em fase de arranque em Portugal e na Grécia, e estamos confiantes de que teremos novidades muito em breve do impacto na vida de centenas de colaboradores que conseguirão dar resposta a imprevistos e despesas urgentes, sem a necessidade de recorrer a créditos pessoais, enquanto aumentamos a sua literacia e resiliência financeira. Atualmente, contamos com 11 colaboradores em Portugal e Grécia e esperamos fazer crescer a equipa até às 30 pessoas até ao fim de 2023.

Apoio de 10 milhões de euros vai ajudar agricultores afetados pelo mau tempo

Por: Marta Godinho

Foi anunciado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o apoio de 10 milhões de euros para auxiliar os agricultores portugueses afetados pelo mau tempo. Os avisos para as candidaturas deverão abrir até ao final de janeiro.

“Pelo nosso levantamento para o país, 10 milhões de euros é suficiente, mas estamos disponíveis, no caso de as candidaturas e os investimentos elegíveis ultrapassarem este valor, podermos também repensar”, afirmou a ministra da agricultura, que falou durante uma visita a uma vinha afetada pelas intempéries em Mesão Frio, Vila Real.

O financiamento para os territórios vulneráveis será de 70% a fundo perdido e, para os outros territórios, será de 60%, especificou a governante.

“Estamos a finalizar os procedimentos para abrir os avisos de candidatura e, segundo a informação que me foi disponibilizada, teremos condições de o fazer até final do mês de janeiro”, reforçou.

De acordo com o levantamento de todos os estragos verificados em Portugal no setor agrícola, Maria do Céu Antunes referiu que “cerca de nove milhões de euros” para as regiões Norte e o Alto Alentejo terão “uma fatia maior” em relação àquilo que são os prejuízos. Estes estragos foram relacionados com quedas de muros, sedes e vedações na região do Douro, bem como a perda de animais que foram arrastados com as águas no Alto Alentejo.

Por se tratar de “pequenos prejuízos”, a ministra da agricultura disse que não fazia sentido “abrir a medida da reposição do potencial produtivo porque tem uma condição mínima de, pelo menos, 30% da parcela ter sido destruída”, pelo que foi decidido avançar para outro mecanismo de apoio, que será atribuído através do Programa de Desenvolvimento Rural.

“E nós vamos disponibilizar 50 mil euros, que é estimativa daquilo que é necessário, para fazer face à perda dos animais que aconteceu através do Orçamento do Estado, através da dotação do Ministério da Agricultura”, acrescentou ainda, salientando que este apoio será feito em “simultâneo com a abertura do aviso dos investimentos na pequena exploração”, concluiu.

Esta quinta-feira, dia 12 de janeiro, o governo anunciou que a chuva forte e persistente que caiu em dezembro e este mês de janeiro causou prejuízos de 293 milhões de euros e que o volume dos apoios a conceder ascende, no seu total, para 185 milhões de euros.

O anúncio dos apoios feito pela ministra da agricultura foi, para o presidente da Adega Cooperativa de Mesão Frio, Pedro Pires, uma “boa novidade”. Ademais, disse que o mau tempo, em particular a chuva intensa, que se verificou na região nas últimas semanas, gerou quedas de muros de xisto que suportam os socalcos das vinhas.

“São muros que demoram muito a fazer e ficam muito caros. Cerca de 60 a 70% dos agricultores foram afetados com a queda de muros, em maior ou menor quantidade, mas foram afetados”, sublinhou.

É de reforçar que os muros de xisto são um dos elementos identitários do Douro que foram classificados como Património Mundial da UNESCO em 2001.