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Neste estudo foi concluído que “três em cada dez proprietários têm rendas em atraso" (Foto: Divulgação)

Gestão financeira dos condomínios poderá agravar-se, segundo APEGAC

Por: Marta Godinho

Segundo um estudo realizado pela Associação Lisbonense de Proprietários, a Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) informa que poderá haver um agravamento da gestão corrente e financeira dos condomínios nos meses que se avizinham.

Neste estudo foi concluído que “três em cada dez proprietários têm rendas em atraso” e que “84% dos participantes estão seguros de que os níveis de incumprimento do pagamento de renda pelos inquilinos vão aumentar durante o próximo ano”.

Diversos inquilinos pagam as despesas do condomínio aos proprietários das frações (independentemente das obrigações que constem do contrato de arrendamento que apenas vincula as partes) diretamente à administração do condomínio. Os inquilinos que deixem de pagar as rendas, também deixarão de pagar as despesas do condomínio levando, a curto ou médio prazo, ao agravamento da gestão corrente e financeira dos condomínios.

Nos resultados do inquérito, 40% dos entrevistados afirma que vai manter inalterada a forma como pratica o arrendamento, sendo que “um terço dos respondentes refere que este ano irá apenas celebrar novos contratos de arrendamento com a duração mínima e não renováveis”.

Assim, a direção da APEGAC reforça que as administrações devem estar atentas a estas eventualidades e dar imediato conhecimento aos proprietários das frações arrendadas. Isto tudo de forma que estes procedam ao pagamento e possam proceder contra os seus arrendatários, se necessário.

“Este é um setor de atividade que é imediatamente atingido em qualquer crise, razão pela qual a associação está preocupada, face à realidade que já vivemos e que poderá agravar-se, o que levou a recomendar aos seus associados que tomem medidas que possibilitem ultrapassar a crise sem prejudicar a qualidade do serviço, como o aumento dos seus honorários; recurso às novas tecnologias; substituição do papel pela digitalização de documentos; medidas para redução do consumo de energia; renegociação dos contratos de prestação de serviços, entre outros”, afirma Vítor Amaral, presidente da APEGAC.