Sexta-feira, Maio 2, 2025
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Taxa de inflação desce para 9,9% em novembro

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Por: Marta Godinho

Evidenciada pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), a taxa de variação homóloga recuou para 9,9% este mês face aos 10,1% de outubro, segundo a estimativa avançada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira.

O indicador de inflação subjacente (índice total, excluindo produtos energéticos e alimentares não transformados) registou uma variação de 7,2% em novembro, 0,1% acima do registado no mês anterior. A variação de novembro foi a taxa mais elevada desde dezembro de 1993.

Esta é a primeira descida dos valores da inflação desde agosto, mês esse que tinha registado o singular recuo da variação homóloga do IPC desde junho de 2021.

De acordo com o INE, a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 24,8% em novembro. Este valor é inferior em 2,8% ao mês anterior.

Por outro lado, o índice dos produtos alimentares não transformados “terá apresentado uma variação de 18,4% (18,9% em outubro), contrastando com a aceleração estimada nos produtos alimentares transformados, que terão registado uma variação de 16,8% (14,1% no mês precedente)”, refere o INE.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 10,3% em novembro que se pode comparar com os 10,6% verificados no mês anterior.

Entre outubro e novembro, a variação do IPC foi de 0,3% (1,2% em outubro e 0,4% em novembro de 2021), o que se reflete numa variação média de 7,3% nos últimos 12 meses.

Esta estimativa rápida vai publicar os dados definitivos referentes ao IPC de novembro a 14 de dezembro.

Perturbações no serviço ferroviário devido à greve na CP e Fertagus

Por: Marta Godinho

Os trabalhadores da IP (Infraestruturas de Portugal) e da CP (Comboios de Portugal) vão cumprir a greve estabelecida de 24 horas para reivindicar um prémio financeiro de forma a aliviar os efeitos da inflação e o cumprimento do Acordo de Empresa.

Serão previstas perturbações na circulação dos comboios da CP e da Fertagus, sendo que até às 8h00 só circularam 109 comboios a nível nacional. Este registo reportou que foram suprimidos 143 comboios.

Foram estabelecidos os serviços mínimos, pelo que os clientes que já tenham adquirido bilhetes para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional vão ser reembolsados.

“O reembolso ou revalidação podem ser feitos em myCP na área “Os seus bilhetes” (para bilhetes adquiridos na bilheteira “online” e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, bem como nas bilheteiras e, se reembolso, em cp.pt através do preenchimento do formulário online, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até 10 dias após terminada a greve”, explicou a CP.

Já a Fertagus (que liga Lisboa e Setúbal por comboio) prevê “poder realizar 25% da sua oferta normal de dia útil”, uma vez que a entidade gestora da circulação ferroviária, IP, está de greve. O cumprimento de horários pode não ser exercido por conta dos efeitos da greve, pelo que a empresa aconselha os clientes a optar por um transporte alternativo sempre que possível.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário acrescenta que a greve se deve pela “falta de respostas da administração/Governo, que não têm em conta a realidade de uma brutal desvalorização dos salários”.

Atrair e reter talentos, o novo Santo Graal da gestão

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Por: Carla Ferreira, diretora-geral da Factor H

Vivemos hoje uma situação atípica no mercado português, que já não vivíamos há mais de 10 anos. Há realmente falta, quer de recursos qualificados, quer não qualificados, em todos os setores de atividade. Graças a este défice de pessoal, as estratégias de recrutamento e atração de talentos nas empresas têm vindo a ganhar maior relevância.

Toda esta situação resultou da pandemia, que nos forçou de um modo repentino a mudar de hábitos de vida, os quais levaram a uma mudança de mindset. A nova perspetiva pós-pandémica passou a ser a de que a vida tem de ser vivida, onde os colaboradores procuram novas experiências, maior mobilidade e flexibilidade, e melhores condições de trabalho.

Mas afinal o que é que carateriza esta mudança?

Esta mudança de paradigma deve-se a um mercado de trabalho extremamente dinâmico em Portugal, que leva a que as empresas pensem em três pontos essenciais:

  1. Foco no talento, mas também na digitalização de processos;
  2. Mudança na cultura empresarial das empresas, com incidência em novas estruturas e métodos de trabalho;
  3. Maior destaque nas competências digitais, mas também nas soft skills. Falamos, por exemplo, de cooperação e trabalho em equipa, comunicação, gestão do tempo, gestão das emoções, flexibilidade e adaptabilidade, entre outras.

Acredito que cada vez mais os colaboradores têm consciência do seu papel e relevância dentro de um negócio/empresa e, como consequência, houve um crescimento notável de exigências em termos de condições de trabalho, o que leva ao maior desafio alguma vez visto por parte dos líderes.

As empresas são levadas a refletir, também, naquilo que podem vir a fazer e/ou oferecer aos novos talentos, na medida em que estes se sintam aliciados a aceitar ou manter-se num determinado cargo e/ou projeto profissional, para que sejam capazes de atrair e reter candidatos.

Afinal, o que é que atrai verdadeiramente os colaboradores?

  1. Flexibilização do horário de trabalho;
  2. Condições de trabalho que estimulem bem-estar e momentos de lazer;
  3. Aposta na formação e desenvolvimento de competências;
  4. Liderança – comunicação assertiva, transparência, exemplo;
  5. Oportunidade de progressão;
  6. Reconhecimento;
  7. Políticas que promovam salário emocional;
  8. Cultura empresarial – reconhecimento de mercado.

A integração de pessoas nas equipas é deveras desafiante. Por um lado, as entidades empregadoras estão mais atentas à maneira como olham e tratam os trabalhadores, tentando pôr em prática novas estratégias de captação e retenção de recursos humanos e, por outro, temos os novos talentos com um leque muito específico de critérios de seleção quando lhes é apresentado um novo emprego.

Se, realmente, colocar em prática estas novas estratégias e ouvir atentamente as necessidades dos seus colaboradores, além atingir mais facilmente os resultados estabelecidos, porque tem uma equipa satisfeita, a aquisição de novos talentos será mais fácil e eficaz, pois as propostas serão mais adequadas e ajustadas às exigências dos trabalhadores.

 

 

António Costa nomeia cinco novos secretários de Estado

Por: Marta Godinho

Marcelo Rebelo de Sousa aceitou, esta terça-feira, as novas propostas do primeiro-ministro, António Costa, para secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, da Economia, do Turismo, Comércio e Serviços, do Tesouro, bem como para secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro. Entretanto, já são conhecidas as novas figuras que vão ocupar estes cinco respetivos cargos, a saber: Nuno Félix, Pedro Cilínio, Nuno Fazenda de Almeida, Alexandra Reis e António Mendonça Mendes, respetivamente.

Após início das funções a 16 de setembro, Miguel Alves apresentou a sua demissão do cargo de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro após o Ministério Público o ter acusado de prevaricação. Esta demissão surge após conhecimento da acusação por parte do Ministério Público, no âmbito de uma certidão extraída da Operação Teia, que diz respeito às suspeitas de que a empresa de Manuela Couto, mulher do ex-autarca socialista de Santo Tirso, tenha sido favorecida na adjudicação de vários contratos.

Já João Neves, até então secretário de Estado da Economia, sai devido ver com divergências com o ministro, nomeadamente a política fiscal que o Governo deve seguir para as empresas. 

Por seu turno, Rita Marques deixa o cargo de secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços após o apoio que a mesma manifestara nas redes sociais às declarações de Siza Vieira, contrárias às do seu ministro. Em entrevista à Lusa, a secretária de Estado do Turismo reconheceu que seria benéfica uma descida transversal do IRC, sendo que a redução de cada ponto percentual da taxa tem um impacto na receita de cerca de 100 milhões de euros. 

O atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, vai ser o novo secretário de estado adjunto do primeiro-ministro, adiantado por nota oficial da Presidência da República. O secretário de Estado da Economia, João Neves vai ser substituído por Pedro Cilínio e a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, vai ser substituída por Nuno Fazenda de Almeida.

Quanto ao atual secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, vai ser substituído por Alexandra Reis. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que, até então, era chefiado por António Mendonça Mendes, vai ser ocupado por Nuno Félix. 

As tomadas de posse destes novos cargos terão lugar na próxima sexta-feira, 2 de dezembro, pelas 12 horas no Palácio de Belém.

 

(Notícia atualizada às 11h00 de 30/11/2022)

Desigualdades de género no trabalho permanecem

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Por: Martim Gaspar

Segundo o estudo “Women in the Workplace 2022”, desenvolvido pela McKinsey & Company e pela LeanIn.org, o número de mulheres a ocupar cargos de liderança mantém-se menor em relação ao número de homens.

O estudo analisou as experiências e aspirações profissional de mulheres com destaque para que questões como oportunidades de promoção, flexibilidade (trabalho presencial ou híbrido), bem-estar e igualdade entre homens e mulheres. O estudo, que contou com a participação de 400 mil trabalhadores de 333 organizações, destaca que o género afeta negativamente em relação à progressão profissional e aumento salarial.

Segundo o comunicado, “da mesma forma, no último ano, 29% das mulheres pensaram em reduzir o seu horário de trabalho, aceitar um cargo menos exigente ou até mesmo deixar de trabalhar, contra 22% dos homens”.

“Além disso, 37% das executivas afirmam ter tido um colega de trabalho que conseguiu obter algum reconhecimento profissional, contra 27% dos executivos que afirmam ter vivido a mesma situação, mas ao contrário”, lê-se no comunicado.

Em comparação com os homens do seu nível profissional, as executivas procuram apoiar o bem-estar dos colaboradores e promover a diversidade, a equidade e a inclusão.

Porém, “40% das executivas afirmam que o seu trabalho para promover a diversidade, igualdade e inclusão não é reconhecido nas suas avaliações de desempenho”.

Como resultado, “43% das mulheres sentem-se sobrecarregadas, em comparação com 31% dos homens com o mesmo cargo que reconhecem sentirem-se esgotados”, refere o documento.

Segundo Amaia Noguera, sócia da McKinsey & Company, “se as empresas não agirem, não vão perder apenas as suas gestoras, mas correm também o risco de perder a próxima geração de talentos, tanto homens como mulheres”.

“Os jovens dão cada vez mais importância ao trabalho inserido numa cultura equitativa, inclusiva e solidária”, acrescenta.

Influenciadores e marcas portuguesas unidas pela plataforma Klarna

Por: Marta Godinho

A empresa de serviços de banca de retalho, pagamentos e compras a nível global, Klarna, anunciou hoje em Portugal, e noutras 44 regiões, a expansão da sua plataforma de conteúdos para ajudar as marcas a encontrarem criadores de conteúdo mais adequados e com proposta de mensagens instantâneas, ofertas e definição de comissões.

Esta plataforma consegue analisar, em tempo real, as métricas de desempenho, o que permite às marcas envolverem-se de forma mais eficaz com os seus públicos-alvo, obtendo fortes retornos nas parcerias com influenciadores. Ademais, possibilita que criadores de conteúdo/influenciadores passem a maximizar os seus ganhos e a fornecer recomendações de produtos mais relevantes junto dos seus seguidores.

Com este novo lançamento, a empresa junta-se agora à economia de marketing de influência. Este mercado está avaliado em 16 mil milhões de dólares com 450 mil parceiros de retalho um pouco por todo o mundo.  A empresa gera 600 milhões de leads por ano para os seus parceiros de retalho a nível global.

Esta plataforma de criadores foi originalmente lançada nos Estados Unidos da América em outubro deste ano e já se encontra disponível em todas as 45 regiões em que a Klarna está inserida, tornando-se uma empresa com um motor de crescimento das empresas de retalho no centro do ecossistema de compras.

Tudo isto veio potenciar o papel dos criadores de se envolverem mais autenticamente nas compras online e a ajudar os consumidores a descobrir novas marcas e produtos.

Contudo, existem ainda algumas dificuldades nas marcas de retalho em encontrar criadores com o perfil procurado, a medir o seu envolvimento com o seu público-alvo e a equilibrar a administração de um negócio em expansão com a criação de conteúdos exclusivos num mercado lotado. Ambas não são problema para a Klarna que conecta as marcas e influenciadores na mesma plataforma.

Desta forma, tanto as marcas como os influenciadores podem acompanhar o seu desempenho (e o dos outros) em tempo real, incluindo tráfego, vendas, taxas de conversão e muito mais, tudo segmentado por criador, canal e produto. As marcas envolvidas afirmam que as vendas de colaborações com influenciadores triplicou e que se registou uma redução de 80% no tempo gasto com a gestão de parcerias com criadores.

“Ao fornecer acesso a parcerias afiliadas, campanhas de marca e ativações de ofertas com as principais marcas do mundo, a Klarna capacita os criadores a monetizarem a sua influência em escala e a voltar a sua atenção para a produção de conteúdo de qualidade. Ao mesmo tempo, a Klarna ajuda as marcas a eliminarem as suposições das colaborações com influenciadores, identificando quais são os talentos que se encaixam na sua marca e quais são os canais que geram os melhores resultados”, afirma Martin Landen, fundador da APPRL e Head of Social Shopping da Klarna.

Preços das casas caem na baixa e centro histórico do Porto

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Por: Marta Godinho

Durante o primeiro semestre de 2022, os preços da habitação nas Áreas de Reabilitação Urbana da Baixa e Centro Histórico do Porto registaram uma descida de 6,4% face ao semestre anterior. Isto revela uma alteração face ao aumento semestral de 11,6% dos preços observados no segundo semestre de 2021.

A alteração e comportamento dos preços na região Norte tem sido monitorizada pela Confidencial Imobiliário através do Índice de Preços da Baixa e Centro Histórico do Porto.

Ao longo dos últimos quatro anos, tem sido comum observar-se oscilações entre variações positivas e negativas com algumas amplitudes vincadas. Assim, este contraste no desempenho semestral dos preços não é inédito.

A forte valorização semestral teve logo um impacto na variação homóloga dos preços, que caiu de 13,7% no segundo semestre de 2021 para os 4,4% atuais, mantendo-se em terreno positivo.

Anteriormente, as oscilações entre as variações semestrais observaram-se em contextos de contração e estabilização do investimento imobiliário, sendo que agora se verifica num momento de expansão da atividade.

No primeiro semestre de 2022, foram investidos 141,8 milhões de euros na aquisição de imóveis nas áreas de reabilitação Urbana da Baixa e Centro Histórico do Porto. Este aumentou 28% face ao semestre anterior e recoloca a atividade nos níveis pré-pandemia.

Inventa realiza estudo sobre as Patentes Made in Portugal

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Por: Marta Godinho

Segundo dados do barómetro “Patentes Made in Portugal 2022”, Portugal subiu nove posições no ranking europeu de pedidos de patente entre 2001 e 2020, estatísticas presentes no estudo realizado pela Inventa, consultora especializada em propriedade intelectual.

De acordo com o mesmo, os anos 2000 têm reforçado consistentemente a utilização do sistema de propriedade industrial por requerentes com origem em Portugal. Relativamente aos impactos da pandemia na utilização do sistema de patentes por requerentes portugueses, observou-se um abrandamento na utilização deste sistema entre os pedidos de patentes efetuados em 2021 com os de 2019.

Nos valores presentes em parceria com os relatórios anuais do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), houve uma evolução no uso do sistema de patentes pelos requerentes que vivem em Portugal Continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

A região Norte tem-se destacado nos pedidos europeus e nos pedidos submetidos pela via nacional através do INPI. De acordo com o estudo, estes dados são causa efetiva da maior concentração de tecido industrial português e da atividade de investigação e desenvolvimento aí explorada. Já a região Centro aumentou nos pedidos de patente europeia em 133% em 2021, face ao seu respetivo ano anterior. Os pedidos de patente nacionais (INPI) nesta mesma região aumentaram 5%.

Portugal ocupou a 19.ª posição no ranking em 2020 por meio de validações de patentes europeias, sendo que o interesse recai no mercado europeu, americano e asiático. Durante 2020, houve um crescimento superior a 20% para as internacionalizações feitas no Japão e Canadá.

“A utilização do sistema de patentes por requerentes com origem em Portugal intensifica-se ao longo dos anos (…) Adicionalmente, os requerentes portugueses estão a ter cada vez mais patentes no estrangeiro e a mantê-las em vigor por mais tempo” e a perceber cada vez mais sobre a “importância do sistema de patentes para o retorno dos investimentos em investigação e desenvolvimento”, afirma Vítor Sérgio Moreira, coordenador de patentes na Inventa.

A empresa Novadelta ocupou o primeiro lugar na terceira edição do barómetro, após obter um número de invenções com proteção por patente superior às universidades portuguesas (443) desde a primeira publicação do Barómetro Inventa – Patentes Made in Portugal em 2020. Quanto às instituições de ensino superior, as universidades do Minho (192), do Porto (196) e de Lisboa (127) posicionaram-se logo de seguida em termos de número de famílias de patentes.

As posições da Bosch Portugal (75) e da Hovione (449) foram destacadas no setor privado pelo desenvolvimento de novas invenções, apresentando pedidos com elevado número de famílias de patentes.

O barómetro Patentes Made in Portugal 2022 reporta, ainda, outros dados importantes, como a entrada em vigor do sistema da patente unitária em 2023 e o capítulo adicional sobre a influência do 25 de Abril de 1974 no sistema de patentes em Portugal.

Empresas nacionais participam na Gulfood Manufacturing e Gulf Host na região do Médio Oriente

Por: Marta Godinho 

São 13 as empresas portuguesas que vão participar nas feiras Gulfood Manufacturing (processamento alimentar, packaging e logística) e Gulf Host (equipamentos para hotelaria e restauração) a decorrer entre os dias 8 a 10 de novembro, com o apoio da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, afirma que “o Dubai tem uma localização estratégica no Golfo, que o torna no maior centro de negócios da região e um dos mercados mais atrativos do globo e é esse fator que leva a AEP a organizar há 12 anos consecutivos a participação nacional na Gulf Host e na Gulfood Manufacturing. As mais de três centenas de empresas que já participaram apontam a dimensão dos mercados e a qualidade dos contactos realizados uma das grandes vantagens”.

Na feira da Gulf Host é possível contar com a presença de empresas como Fajota, SA; Frigocon, SA; Icel, SA; Joalpe, SA; Joper, SA; Olitrem, SA; RST, SA; Sicoeste, LDA; e Somengil, SA. Já na feira da Gulfood Manufacturing vão estar presentes: Balanças Marques LDA; Felino, SA; Ferneto, SA; e Perfinox SA.

Apesar da elevada importância da feira para o potencial do mercado, a participação  está crucialmente no público que as visita que vêm da região do Médio Oriente, mas também de países de África, Sudoeste Asiático, Cáucaso e do Conselho de Cooperação do Golfo.

O primeiro dia das feiras, 8 de novembro, representa para as empresas portuguesas a receção da visita da Embaixadora de Portugal em Abu Dhabi e da AICEP.

Cada vez mais as empresas portuguesas têm apostado na presença em feiras internacionais para alcançar e conhecer novos mercados futuristas. No ano passado, o projeto Business on the Way (BOW) conseguiu promover mais de 100 empresas em 17 setores distintos e em 22 mercados distintos. Também a AEP, desde 1990 (data da sua fundação), já organizou centenas de ações em mercados externos.

“Estamos continuamente a trabalhar em novos percursos formativos” – Filipe Luz

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Por: Martim Gaspar

A CEGOC é uma empresa focada na transformação do desenvolvimento de pessoas nas organizações, encarregue de desenvolver soluções de aprendizagem que potenciam a transferência do saber para o fazer, de maneira a transformar a forma como as equipas trabalham dentro das suas organizações.

Este ano lançou a Academia Digital Corporativa, cujo principal objetivo é apoiar as empresas na sua transformação digital. Em entrevista à PME Magazine, Filipe Luz, head of sales strategy & team performance da CEGOC, fala sobre a importância deste novo projeto para as PME.

PME Magazine – Em que consiste a formação da Academia Digital Corporativa?
Filipe Luz – A Academia Digital Corporativa é uma solução integrada de serviços associados à formação, através da qual disponibilizamos aos nossos clientes um portfólio de percursos formativos nas mais diferentes áreas das soft skills. Estes percursos são constituídos por diferentes tipos de ativos digitais que contribuem para uma experiência interativa e envolvente, uma vez que podem ser utilizados de forma 100% assíncrona.

PME Mag. – O que distingue a Academia Digital Corporativa?
F. L. – O que distingue a nossa academia das demais é o facto de ser uma solução chave na mão para as empresas que pretendem disponibilizar formação internamente, recorrendo a experiências digitais sem terem de assumir o esforço administrativo associado (um serviço também incluído nesta solução).

PME Mag. – Que balanço faz desta iniciativa?
F. L. – O nível de interesse na Academia Digital Corporativa tem sido muito elevado. Ainda que tudo parta de uma estrutura base semelhante, compreendemos que as necessidades de cada cliente são diferentes e, por isso mesmo, cada solução é personalizada.

PME Mag. – Considera que o sistema de aprendizagem 100% digital pode ser um obstáculo à aprendizagem (dificuldade de concentração, por exemplo)?
F. L. – O facto de ser ou não um obstáculo à aprendizagem depende tão somente do nível de maturidade dos formandos. A formação digital da CEGOC procura responder às necessidades de envolvimento e participação dos formandos e é por isso que usamos diferentes formatos, estando os mesmos organizados para atingir objetivos específicos, intercalados com trabalhos práticos e interação entre participantes. De qualquer forma, um exemplo das personalizações, que referi no ponto anterior, é a possibilidade de integrar, nos percursos formativos apresentados, momentos síncronos, em classe virtual ou presencial, para apoiar o processo de aprendizagem dos participantes.

PME Mag. – Quais são os maiores obstáculos apresentados pelos trabalhadores em relação à transformação digital?
F. L. – Os obstáculos diferem de acordo com a população ou mesmo de pessoa para pessoa, ainda que existam dois que são os mais comuns: o receio/insegurança de fazer algo de forma diferente do que se está habituado (formação em sala), que a CEGOC apoia não só através de uma plataforma intuitiva e de um serviço de tutoria ativa sempre presente para conduzir o formando aos melhores resultados; e a necessidade de adotar para a formação digital o mesmo hábito que utilizamos na presencial: bloquear a agenda de forma a dedicar esse tempo para a formação.

PME Mag. – No comunicado sobre a Academia Digital Corporativa referem que o projeto permite “a possibilidade de reaver até 80% do investimento realizado”? Pode explicar?
F. L. – A implementação de uma Academia Digital Corporativa é, ao nível da introdução de novos hábitos de aprendizagem (que surgem num ambiente diferente do tradicional), um passo claro no caminho da transformação digital para qualquer organização. Nesse sentido, identificamos que este se enquadra em diferentes programas de apoio e, por isso, incluímos, logo na fase inicial de implementação da academia, um diagnóstico de viabilidade para recorrer a esses apoios. Uma vez que os requisitos solicitados permitem uma abrangência significativa naquilo que é o tecido das PME em Portugal, sabemos que é uma oportunidade real de recuperação do investimento e disponibilizamos o nosso know-how para também apoiar o processo de candidatura e gestão. Neste momento, é mais uma questão de timing uma vez que, como sabemos, os apoios podem não chegar a todas as empresas.

PME Mag. – Quantas empresas/trabalhadores já formaram?
F. L. – De acordo com a nossa estratégia, para este ano de lançamento, a prioridade foi claramente dar a conhecer a solução e desenhar, em conjunto com os nossos clientes, o melhor formato de implementação. E, por esta razão, a grande maioria dos kick off estão agendados para iniciar a partir de janeiro do próximo ano. A CEGOC tem uma experiência mais do que consolidada em todas as vertentes de aprendizagem que esta solução inclui, nomeadamente, a gestão online de formandos, na nossa plataforma, que só este ano já ascende a mais de 126 mil utilizadores.

PME Mag. – Quais os planos para o futuro?
F. L. – No âmbito da Academia Digital Corporativa, vamos acompanhar de perto todos os projetos que estão a iniciar, de forma a identificar necessidades e eventuais ajustes para apoiar os nossos clientes na obtenção dos melhores resultados. Em termos de desenvolvimento, estamos continuamente a trabalhar em novos percursos formativos adaptados às necessidades globais que vão sendo identificadas e que, posteriormente, vamos disponibilizando aos clientes com quem trabalhamos. A CEGOC assume como missão “liderar a transformação do desenvolvimento das pessoas nas organizações e torná-las mais audazes e competentes para enfrentarem, hoje e no futuro, os seus desafios mais significativos”. E é através da compreensão daquilo que são os desafios específicos de cada cliente que o conseguimos fazer.