Domingo passou a ser o “dia de menor intensidade da atividade económica”, com os portugueses a preferirem a sexta-feira para se deslocarem aos supermercados e outras superfícies comerciais para fazer compras.
O relatório sobre o estado de emergência imposto para o período de 9 a 23 de dezembro, entregue esta semana no Parlamento, indica que “até às vésperas do Natal estima-se que os dias 11 e 18 de dezembro [sextas-feiras] tenham sido os momentos em que a procura foi mais intensa”.
O Governo revela ainda que, apesar das restrições impostas, “a atividade económica também cresceu ao sábado e ao domingo, de modo progressivo”. Por outro lado, o Executivo salienta que este foi “o período com o maior volume de compras desde a identificação do primeiro caso de infeção em Portugal”, dada a “aproximação da quadra natalícia”.
O documento, elaborado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e pela Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, mostra que a semana do Natal alcançou os mais altos níveis de consumo de todo o ano de 2020, com um aumento exponencial da mobilidade dos portugueses, sobretudo pela “vontade de adquirir bens e serviços”.
Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), explica que “os portugueses, em face das limitações obrigatórias ao fim de semana, tiveram de transferir as compras para outros dias”, como as sextas-feiras ou até as segundas-feiras, dias conhecidos pelo pouco movimento nas superfícies comerciais.