Cerca de 45% da população portuguesa diz sentir os impactos da crise provocada pela Covid-19 nos rendimentos individuais, em comparação com 39% da média dos restantes países europeus.
Um inquérito realizado pelo Parlamento Europeu no passado mês de novembro sobre as perspetivas dos cidadãos face à crise pandémica e sobre a atuação da União Europeia no combate à crise refere que Portugal é dos países que mais acredita que os prejuízos económicos provocados pelas medidas de prevenção serão maiores do que os benefícios trazidos para o setor da saúde.
Quando questionados sobre a “incerteza” relativamente ao futuro, 50% dos europeus diz ser esse o seu principal sentimento; no entanto, estes mesmos cidadãos apresentam uma imagem mais positiva da União Europeia, em comparação com o inquérito anterior, realizado durante a primavera. Por cá, a “incerteza” é sentida por cerca de 60% dos portugueses.
O questionário divulga ainda que, em contraste com os 54% da média dos países europeus, cerca de 67% dos portugueses defendem a atribuição de mais competências financeiras aos órgãos da União Europeia.
Por outro lado, a larga maioria da população portuguesa (61%) afirma estar moderadamente satisfeita ou muito satisfeita com a gestão da pandemia por parte da UE, face a 46% dos outros países europeus.