Sábado, Novembro 23, 2024
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2022 foi um ano recorde de ocupação de escritórios em Lisboa e Porto

Por: Marta Godinho

A JLL, empresa de serviços profissionais especializada em imobiliário e gestão de investimento, lançou um estudo que revelou que entre janeiro e novembro de 2022 foram ocupados 312 mil metros quadrados de escritórios em Lisboa e no Porto. Estes dados superam em 75% os 178 mil metros quadrados tomados durante o mesmo período em 2021, em ambas as regiões.

“Este ano foi surpreendente para os escritórios. Apesar de termos saído da situação pandémica, logo no início do ano, a conjuntura internacional alterou-se drasticamente com o conflito na Europa e as condições económicas também se agravaram. Isso levantou muitos receios, mas a verdade é que as empresas seguiram os seus planos de mudança de instalações, criaram-se empresas e continuaram a surgir novos ocupantes internacionais no nosso país”, afirmou Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL.

“2022 foi realmente um ano de procura muito intensa. Para 2023, estamos expectantes, pois não só partimos de uma base de ocupação em níveis máximos, como se adivinha um ano de grandes desafios ao nível das condições económicas, com impacto no consumo e o respetivo reflexo na atividade de grande parte das empresas potencialmente ocupantes”, acrescenta.

Na região de Lisboa, a ocupação centra-se nos 259,200 metros quadrados até novembro com um total de 186 negócios concretizados com área média de 1,400 metros quadrados. Isto reflete um crescimento de 88% face ao mesmo período em 2021 com um valor de 137,900 metros quadrados.

O estudo concluiu que o Parque das Nações foi a localização mais dinâmica com 27% da ocupação anual com forte atividade de pré-arrendamento. As empresas de Serviços Financeiros foram as mais dinâmicas com 35% de área ocupada durante o ano.

Já na região do Porto, a ocupação centra-se nos 52,700 metros quadrados até novembro com um total de 61 negócios concretizados com área média de 900 metros quadrados. Isto representa um crescimento de 31% face aos 40,300 metros quadrados ocupados no mesmo período em 2021.

Matosinhos e o CBD-Baixa apresentam um equilíbrio de zonas com a maior procura com 35% e 33% do take-up anual, respetivamente. Os setores de TMT´s & Utilities são os de procura mais ativa e líderes destacados do mercado no Norte, com 51% da ocupação anual.

Este estudo também analisou o desempenho mensal dos mercados de Lisboa e do Porto em novembro. No Porto, foram ocupados 3,200 metros quadrados e em Lisboa foram ocupados 5,300 metros quadrados, sendo que foi tido em conta os níveis de atividade menos dinâmicos ao longo do ano. Sofia Tavares concluiu que “estes últimos meses do ano têm sido menos robustos em termos de ocupação, o que é natural após um período com índices de atividade muito fortes e concretização de negócios de grande dimensão, como aconteceu no verão”.

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