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discoteca ou bar
Vida noturna cada vez menos procurada pelos portugueses (Foto: Pexels)

23% dos portugueses ainda não voltou a uma discoteca ou bar

A Wikinight, plataforma online que funciona como guia da vida noturna em Portugal, realizou um estudo em parceria com a Netsonda no qual registou que 23% dos inquiridos não voltou ainda a entrar num bar ou discoteca desde a sua abertura.

O estudo online foi realizado pela Netsonda entre 24 de novembro e 2 de dezembro onde participaram 706 pessoas entre os 16 e os 39 anos, residentes em Portugal Continental, que frequentavam espaços noturnos antes da pandemia, sendo que 90% tem entre 20 e 39 anos com uma amostra de 57% mulheres e 43% homens.

Depois de sucessivas polémicas, no dia 1 de outubro, o Governo decidiu reabrir as pistas de dança, no entanto houve uma diminuição da procura por estes locais com 64% dos inquiridos a admitir frequentar menos vezes espaços de diversão noturna depois da pandemia e 29% que ainda não voltaram a visitar nenhum destes espaços.

As principais razões apontadas são o medo de contrair o vírus (59%), o receio de ajuntamentos (53%) e apenas 3% apresenta como justificação não ter certificado e, por isso, evita o processo de testagem. No que concerne às novas escolhas, os bares são os mais escolhidos com 84% em relação às discotecas, com 54% apesar de grande percentagem ir aos dois. Já 30% dos inquiridos afirma frequentar estes espaços pelo menos uma vez por semana.

“É normal que as pessoas ainda se sintam um pouco retraídas em relação a aglomerados, no entanto, estes estabelecimentos, que foram tão abalados com a pandemia, regressaram em força e fizeram enormes investimentos para garantir a segurança nos seus espaços”, afirmou Francisco Azevedo Coutinho, fundador da Wikinight.

Quanto ao comportamento dos inquiridos aquando da saída, 52% afirma que alterou os seus hábitos em termos de horários com 36% dos inquiridos a entrar mais cedo nestes locais e 48% a sair mais cedo. No que toca ao consumo de álcool, 63% não alterou a quantidade que consume, no entanto 11% admite consumir mais e 26% menos.

Quase metade dos inquiridos refere que existem mais filas do que anteriormente, mas 65% vê a obrigatoriedade de mostrar o certificado digital à entrada como um fator tranquilizador, mostrando uma perceção positiva deste novo normal. A própria Wikinight, que unifica todo o processo de entrada, apresentação do certificado digital e pagamento numa única aplicação, tornando-o mais seguro, tem vindo a aumentar exponencialmente os seus utilizadores, já contando com mais de 100.000 maioritariamente com idades entre os 19 e os 28 anos e distribuídos por todas as cidades portuguesas, com maior incidência em Lisboa e Porto.

Francisco Azevedo Coutinho afirmou: “Ao longo do período pandémico os estabelecimentos noturnos foram mudando os seus horários e serviços de forma a se adaptarem às regras do Governo. Passaram por várias fases e o ponto em comum de todas foi a mudança de horário. É por isso normal que as pessoas tenham também alterado os seus hábitos. Através do sucesso da Wikinight é fácil perceber que existe muito interesse por parte da população na vida noturna portuguesa, e mais ainda em aproveitarem esses momentos, mas de uma forma segura.”