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Trabalhar não é sinónimo de riqueza (Foto: Pixabay)

26 mais ricos do mundo têm tanto dinheiro como metade da população mundial

O fosso entre os mais ricos e os mais pobres não para de crescer. Segundo um relatório divulgado pela Oxfam, em Davos, os 26 multimilionários mais ricos do mundo têm tanto dinheiro como 3,8 mil milhões de pessoas, que representam metade da população mundial.

O relatório concluiu que, em 2018, a fortuna acumulada de 2200 multimilionários aumentou 2,5 mil milhões de euros por dia.

Também o número de milionários que têm tanto dinheiro como metade da população caiu: se em 2016 eram 61, em 2017 eram 43, o que demonstra que as fortunas estão cada vez mais aglomeradas.

O relatório “Bem-estar público ou lucro privado” mostra, ainda, que a riqueza da metade mais pobre da população mundial caiu 11% e aponta o dedo aos governos, por não fornecer os serviços públicos, como educação e saúde, o financiamento necessário, ao conceder benefícios fiscais às grandes corporações e aos ricos e ao não coibir a evasão fiscal”.

 

Educação para todos

O documento adianta que “se 1% dos mais ricos pagasse apenas 0,5% a mais de impostos sobre a sua riqueza, poderia ser angariado mais dinheiro do que o necessário para escolarizar 262 milhões de crianças que agora não têm acesso à educação e fornecer assistência médica para salvar a vida de 3,3 milhões de pessoas”.

A Oxfam refere, também, que em países como o Brasil, “os 10% mais pobres da população pagam uma percentagem maior de impostos sobre os seus rendimentos do que os 10% mais ricos”.

Em especial nas regiões da América Latina e Caraíbas, a fortuna dos multimilionários aumentou 10% em 2018 31.600 milhões de euros para 364.100 milhões de euros.

Os 10% dos mais ricos pagam apenas 4,8% dos impostos sobre o seu rendimento, e deveriam pagar em média 28”, refere a organização não-governamental.

 

Mais médicos e infraestruturas

O relatório refere, ainda que o dinheiro que as “empresas deixam de pagar de impostos a cada ano devido aos benefícios fiscais, seria possível contratar 93 mil médicos na Guatemala e 349 mil no Brasil, construir 120 mil casas na República Dominicana e 70 mil no Paraguai e contratar 94 mil professores na Bolívia ou 41 mil em El Salvador”.

“Todos os dias 10 mil pessoas morrem por não poderem pagar os cuidados de saúde, enquanto nos países em desenvolvimento, uma criança de uma família pobre tem duas vezes mais probabilidade de morrer antes de atingir os 5 anos do que uma criança de uma família rica”, acrescenta o relatório.

A Oxfam diz, também que a redução de impostos beneficia especialmente os homens, quedetêm 50% mais riqueza do que as mulheres no mundo e controlam mais de 86% das grandes empresas”.