Por: Ana Cláudia Vaz, presidente da Rede Adoro Ser Mulher
“Um grande limitador do desenvolvimento do empreendedorismo feminino, é a preocupação, o sentimento de culpa e falta de apoio que a Mulher vive, sobre algumas decisões que tem que fazer.”
Esta frase, que já tenho pronunciado mais do que uma vez, caracteriza muito bem a mulher nos negócios, e a mulher empreendedora, que quer crescer.
Em março, começam as celebrações ao Ser especial que somos – a Mulher. Aproveite os convites e abrace o tributo, recordando sempre as mais antigas que se revoltaram e abriram algumas portas, para nós termos o hoje. Foi me partilhado há uns dias atrás uma noticia que me deixou muito feliz, onde diz que Portugal é o 6.º país do mundo com mais donas de empresas. Que maravilha!
Uma prova de que preferimos ser donas do nosso tempo para o dedicar à família e abdicamos, em alguns casos, de grande cargos em empresas, para termos mais liberdade de fazermos o que verdadeiramente gostamos.
Mesmo que o salário seja mais inferior. Mesmo que o status seja outro. Temos de ser honestas, em muitos casos, sacrifica-se o tempo com a família, ou o tempo pessoal, em prol de construir uma veia mais masculina em si, para subir a pulso dentro de uma empresa. Não há nada de mal nisso. São decisões. Como qualquer outra, tem um lado bom e outro menos bom.
Mas é cansativo. Falo por mim. Já fui responsável de grandes estruturas. Já estive aí.
Em Portugal, uma em cada três empresas pertence a uma mulher, segundo um estudo internacional sobre empreendedorismo. Portugal é, assim, o sexto país do mundo com mais mulheres empreendedoras, à frente de países como Espanha, Austrália ou Reino Unido.
De acordo com o Jornal de Notícias, o estudo analisou 57 países em cinco continentes e as condições de apoio ao empreendedorismo, a disponibilidade de recursos financeiros e a percentagem de mulheres à frente das empresas.
Em Portugal, uma em cada três empresas pertence a uma mulher. A Nova Zelândia manteve a liderança do ranking, seguida da Suécia e do Canadá, num índice que demonstra que o empreendedorismo feminino é maior nos países mais ricos e desenvolvidos. E nós ai! Temos de dar graças! E sim, é possível.
A Rede Internacional – Adoro.Ser.Mulher – da qual sou responsável há quatro anos, tem cerca de 1000 mulheres registadas, de 11 países diferentes e muitas histórias de carreia que não me deixam mentir.
Presentes em sete cidades, Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Funchal, Faro e Londres, fizemos já eventos profissionais no Rio de Janeiro, Cabo Verde e tivemos em tourné por Nova Iorque e Toronto.
Se ainda não estamos na sua cidade, escreva-nos e candidate-se. Somos um excelente motor acelerador de negócios e expansão. Um papel que abraço com força, que me dá muitas alegrias saber que posso contribuir por reforçar as finanças destas mulheres.
Connosco, encontra motivação, e influência positiva para dar o passo corretamente e fazer a sua empresa acontecer. Os riscos são menores. O crescimento é muito. Começamos por nos conhecer, criar sinergias, fazer parcerias, sermos clientes umas das outras, e em alguns casos, terminamos em verdadeiras amigas. O que me deixa muito feliz.
Até a maior das empresárias, sabe que a motivação é tudo para enfrentar o dia-a- dia profissional. Que os dias não são todos rosas, e quanto mais alto, maior é tudo, responsabilidade, stress, falta de tempo, etc.
Que comecemos por ser justas umas com as outras. Que não tenhamos medo de partilhar, dar a mão e ajudar a outra. Que comecemos entre nós!
O empreendedorismo é muito mais do que uma doutrina que ajudará milhões de mulheres em todo o mundo a conseguir independência económica, a criar mais rendimentos para sua família. O empreendedorismo é também uma forma de defender valores, afirmar a dignidade da mulher e do trabalho e, ainda, criar um mundo mais amigável da natureza e da sensibilidade feminina.
Feliz dia da Mulher!