Sábado, Novembro 30, 2024
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PME são foco na formação executiva da Nova SBE

Por: Mafalda Marques

A PME Magazine chega à formação executiva da Nova SBE em 2020, onde passarão a decorrer os eventos de lançamento de cada edição trimestral. Em conversa com Pedro Brito, associate dean (diretor executivo), ficámos a conhecer o plano de formação do próximo ano e porque as PME assumem o papel principal.

A Nova SBE em Carcavelos é  uma escola de negócios, focada em Gestão, Economia e Estratégia. Mas assume ser a “escola do futuro” por trabalhar dois pilares basilares na formação executiva: a sustentabilidade e o desenvolvimento humano. Pedro Brito, associate dean da Nova SBE explica a evolução da parte académica para a realidade das empresas.

“Na verdade, nós mudámos o nome da Formação de Executivos, pois fizemos algo ligado a este processo de transformação para as empresas e, principalmente, para as PME, que foi juntar uma proposta de valor mais ampla onde, além da parte da aprendizagem, se juntam as áreas da inovação, transformação digital e outras áreas adjacentes de consultoria da própria escola”, explica.

O que tipicamente acontece nas escolas (de formação executiva) é haver uma abordagem verticalizada e a verdade é que as PME não têm os mesmos recursos do que as grandes empresas, logo, perguntámos como é que as PME apanham o comboio da inovação, transformação digital ou transformação organizacional?

“Quando falamos destes temas, os processos e dores são muito horizontais. Pode ser preciso uma mudança de cultura, de inovação, de mindset (mentalidade), onde o nosso portfólio de formação fosse mais competitivo…. O que exigiu de nós uma abordagem mais integrada”.

“Queremos não só inovar como, de facto, impactar os indivíduos, revitalizar a sua aprendizagem com programas abertos, e não só com os customizados que podemos fazer para empresas. As próprias empresas querem uma jornada que vai além de um momento pontual de uma semana ou duas. Querem que, de forma contínua, consigam não só aprender, mas que a escola seja um parceiro no próprio processo de transformação”, afirma.

PME magazine chega á Nova SBE
Pedro Brito, Associate Dean da formação executiva da Nova SBE em Carcavelos

As empresas querem ajuda no processo de adoção. Porque as agendas são muito complexas, porque há uma complexidade do ponto de vista legal tremenda, há um compliance sobretudo nas multinacionais (e já nas PME) que torna todos os processos muito complexos e vir alguém de fora, dos processos cristalizados da própria empresa, questionar os processos, as decisões tomadas, ao nível da estratégia, do marketing, da gestão de pessoas, torna o processo mais prático. E é isso que as empresas estão à procura: por um lado, ferramentas, aprendizagem e conteúdo e, por outro, como vão aplicar tudo no dia a seguir”, confessa.

Há uma preocupação cada vez maior de fazer uma jornada contínua ao longo dos diferentes ciclos de vida das pessoas e das empresas e o portefólio da formação executiva da NOVA SBE foi construído para garantir jornadas alinhadas com as necessidades das empresas, em especial das PME. Daí chamarem-se Jornadas PME.

Uma transformação digital pode incluir diferentes módulos formativos e depois incluir uma componente mais de consultoria para garantir que as empresas, à medida que aprendem diferentes ferramentas e práticas, também as apliquem no tempo.

Um portefólio adequado às PME

As PME querem evoluir e investir em formação, mas padecem de um simples recurso em relação às grandes empresas: o financeiro. Pedro Brito reconheceu essa realidade e explicou o processo que a Nova SBE passou para poder criar um portefólio de formação adequado à realidade das PME portuguesas.

“Primeiramente, quisemos ajudar as PME a criar um modelo de aprendizagem mais sustentável. Criámos então um modelo que financeiramente fosse mais alinhado com a realidade das empresas, que não exigisse uma libertação de cash-flow imediata, como acontece nas grandes empresas. Por outro lado, vamos ao encontro das necessidades específicas das pessoas e das empresas numa lógica de jornada contínua, não exigindo que a empresa mobilize a maior parte da sua equipa para uma formação. Depois, a nossa segunda preocupação teve a ver com os temas, professores e que melhores abordagens metodológicas servissem as PME”, refere.

Já os temas, adianta, foram feitos “com base num trabalho em conjunto com uma empresa de estudos de mercado para compreender as principais necessidades, desafios e dores que as PME sentem”.

“A abordagem pedagógica passou a ser uma combinação de aula com facilitação em contexto de trabalho. Uma formação pode ter dez empresas diferentes e fomentamos a discussão entre os próprios participantes sobre temas comuns entre elas promovendo assim o co-learning, partilhando as dores e, muitas vezes, as soluções. Os professores selecionados têm em consideração a sua experiência profissional em funções de linha, sobretudo, para acompanharem as empresas e promover a aprendizagem e a adoção.”

Programas executivos do futuro

Dedicada à aceleração de negócios nas PME, a Nova SBE vai criar em 2020 duas edições (em Lisboa e no Norte do país) de um programa chamado Acelleration Business Program.

“Fazemos duas edições, não porque queiramos dividir as empresas entre Norte e Sul do país, é meramente por uma questão logística, mas entendemos que as empresas reconheçam padrões na cadeia de valor mesmo que de negócios diferentes. Temos um dia de estratégia e ação, o coaching empresarial (meio dia) e sempre esta lógica sequencial durante 12 meses. As sessões de coaching para alinhar a jornada de aprendizagem, a formação para fortalecer as competências, mas depois a meio há dois momentos de coaching executivo apenas com os representantes das empresas. Na prática, para fazer o balanço: avalia-se o impacto que está a ter na organização, que dificuldades estão a sentir, focando o processo de aceleração do negócio”, adianta.

A Nova SBE acautelou praticamente tudo, inclusive o investimento: fasearam o pagamento em 12 meses, permitindo que o custo de formação entre no budget de dois anos fiscais.

Ainda assim, para as PME que não consigam esse investimento, criaram os workshops Domino, isto é, uma formação executiva com duração de apenas um dia focada em temas de vendas, inovação, entre outros.

Estamos conscientes que, para sermos a escola do futuro, temos de trabalhar uma abordagem diferente, daí que os nossos professores tenham evoluído para tutores, acompanhando de perto a aplicação do conhecimento. O Blended Learning continua a ser a opção preferencial das pessoas e das empresas, estudar e aprender em conjunto, mas cada um ao seu ritmo, daí que a aprendizagem online à distância seja complementada com conteúdo e desafios adicionais de reflexão individual”.

A abordagem pedagógica clássica de sala de aula evoluiu para experiências imersivas que provoquem uma transformação intelectual e individual. Surge, assim, a grande aposta de 2020 da formação executiva da Nova SBE: o programa Adam’s Choice – uma formação imersiva (com estadia) de três dias com vista a apoiar executivos a fazer melhores escolhas na sua vida.

Depois de um questionário online que averigua várias dimensões – espiritual, social, emocional, intelectual, físico e profissional – o candidato é integrado numa turma, a que carinhosamente chamam tribo, e todos vão trabalhar as mesmas dimensões. É o projeto de sonho de 2020 e já conta com 300 inscrições, que terminam a 31 janeiro de 2020.

“Para preparar as pessoas (e as empresas) para os desafios do futuro temos de apoiá-las no seu autoconhecimento, capacidades de liderança, saber lidar com a mudança”, assume Pedro Brito.

“E a PME Magazine é bem-vinda à formação executiva da Nova SBE, pois vai ajudar-nos a dar visibilidade ao nosso portefólio de formação dedicado às PME portuguesas”, terminou, saudando-nos.

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