Unidade de previsão de análise do jornal britânico mais pessimista em relação à economia portuguesa.
Face aos mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) – subida de 0,8% do PIB português no segundo trimestre em relação ao ano passado e de 0,2% em relação ao trimestre anterior, a unidade de previsão e análise do The Economist espera um crescimento lento da economia portuguesa até final do ano.
Segundo os especialistas da Economist Intelligence Unit (EIU), a baixa evolução do consumo interno e do investimento serão os grandes penalizadores do crescimento da economia portuguesa.
“O crescimento, em termos homólogos, ficou muito abaixo do de Espanha (3,2%) e Irlanda (2,3%), como consequência da fraca procura interna”, refere a EIU, destacando que também em comparação com a média da União Europeia e da zona euro, a evolução do PIB português “foi muito mais fraca”.
Assim sendo, e tendo em conta os dados do primeiro semestre do ano, a unidade de previsão e análise do jornal económico britânico prevê que o crescimento real da economia portuguesa “deverá permanecer fraco nos restantes trimestres de 2016”,
“Ainda que o desemprego tenha caído lentamente, a procura das famílias continua limitada pela subida dos impostos indiretos e pelo sentimento dos consumidores relativamente fraco”, destaca a EIU.
A unidade destaca, também, a penalização do investimento devido às preocupações dos empresários com a política do Governo e com o ritmo de consolidação orçamental.