A Global Earth Observation Satellites (GEOSAT) adquiriu recentemente dois satélites de média e alta resolução, com o objetivo de aprimorar os seus equipamentos de observação da Terra. Os satélites em causa pertenciam ao grupo canadiano Urthecast, que entrou em processo de reestruturação no final do ano passado.
A GEOSAT adquiriu recentemente dois satélites de média e alta resolução para observação da Terra. A empresa portuguesa torna-se, assim, um dos maiores operadores de satélites na Europa, colocando Portugal no grupo restrito das Flying Nations, os operadores privados de satélites de alta resolução.
Esta é uma operação que se traduz num investimento de 20 milhões de euros a cinco anos, tornando-se na primeira empresa portuguesa com satélites de observação da Terra. Assim, a OMNIDEA (da qual faz parte a GEOSAT) dá continuidade ao plano estratégico de desenvolvimento do setor espacial nacional, abrindo novas oportunidades relativas à exploração de dados espaciais e à promoção de aplicações e de serviços downstream.
Destacando a capacidade dos ativos adquiridos, Tiago Pardal, o CEO da OMNIDEA, garante que “estes satélites irão alavancar novas oportunidades de negócio ao longo da sua vida útil e abrir caminho para a criação de uma nova geração de satélites de alta resolução focada no Atlântico e noutros mercados de observação da Terra”.
Com esta operação da GEOSAT, Portugal reforça a cadeia de valor para a fatura Constelação do Atlântico, algo que Miguel Belló, o CEO do AIR Centre, acreditar poder permitir a criação de “novas oportunidades para toda a base tecnológica e industrial portuguesa e da rede do AIR Centre”.
Numa primeira fase desta operação, o objetivo da GEOSAT passa por fortalecer a sua posição no mercado global de observação da Terra, algo que Francisco Vilhena da Cunha, o CEO da empresa, acredita que possa ser feito através do reforço da capacidade de operação e processamento de imagem.
Para isso, o líder da GEOSAT irá contar com o apoio “das equipas de Portugal e Espanha, estabelecendo parcerias para a criação de uma nova geração de satélites de observação da Terra que venham substituir os satélites atualmente em órbita”.