O dispositivo Glooma, uma solução que possibilita fazer o autoexame da mama e deteta o cancro da mama precocemente, é o vencedor da primeira edição do programa de pré-aceleração, Forward!, da Catolica-Lisbon School of Business and Economics.
O Glooma, desenvolvido por Frederico Stock, optometrista e alumni da Catolica-Lisboa, Francisco Nogueira, engenheiro biomédico, e Margarida Paixão, software developer e alumni da Catolica-Lisboa, são os fundadores desta ideia que “é composta por uma luva conectada a uma aplicação móvel que, através de tecnologia, analisa a diferença entre as pressões do tecido mamário ‘saudável’ e as irregularidades que surjam no tecido, contribuindo para uma deteção atempada e evitar tratamentos agressivos ou cirurgias mutilantes no futuro”.
Foi em abril do ano passado que se começaram a desenvolver testes com esta tecnologia e a desenvolver a ideia. No entanto, foi “este ano e com equipa formada, que a recém-nascida startup deu os primeiros passos com o programa Forward!”.
Segundo Francisco Nogueira, este “dispositivo vai permitir detetar quaisquer anomalias que surjam na textura do tecido mamário e controlar outras (por exemplo, quistos) que já existem”. Esta inovação “visa substituir a auto-apalpação mamária que as mulheres deviam realizar uma vez por mês”.
O engenheiro biométrico realça que “a aplicação móvel vai relembrar a mulher todos os meses para o autoexame e, caso o dispositivo detete alguma anomalia, a app vai emitir um alerta e recomendar à utilizadora uma ida ao médico, uma vez que o dispositivo não substitui quaisquer exames de diagnóstico (mamografia ou ecografia mamária), nem as consultas com o médico”.
De acordo com a informação avançada em nota de imprensa, a equipa afirma que o dispositivo Glooma vai estar pronto para ser comercializado depois da aprovação por parte do Infarmed, sendo que as previsões para chegar ao mercado são para o segundo trimestre de 2023.
A fundadora e diretora académica do Center for Technological Innovation & Enterpreneurship (CTIE), Céline Abecassis-Moedas, afirma que a primeira edição contou com mais de 24 candidaturas, contudo apenas dez foram selecionadas. Garante que as candidatas apresentaram “soluções para diferentes problemas que todos nós sentimos no dia-a-dia, como forma de impulsionar respostas inovadoras e necessárias no mercado”.
Francisco Nogueira, acrescenta ainda que “o Forward foi muito enriquecedor pela possibilidade de ter acesso a mentores com experiência sólida, bem como a conteúdo focado no Minimum Viable Product (MVP)”, reiterando que foi “durante o programa que testámos o produto, fizemos pesquisas de mercado, começamos os estudos clínicos, aperfeiçoámos o nosso business model e estabelecemos algumas parcerias”.
Durante os quatros meses do programa, os participantes estiveram presentes “em diversas sessões de trabalho e mentoria com players do setor empresarial”. A partir do momento que os projetos entrarem “num estágio mais avançado do negócio”, contarão com o apoio da Casa do Impacto ou da Demium.
O comunicado dá conta ainda, que o CTIE planeia realizar uma segunda edição do programa Forward!, com data prevista para fevereiro de 2022.