Quarta-feira, Dezembro 18, 2024
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2.º trimestre mostra recuperação de 45% em trabalho temporário

Relativamente ao período homólogo de 2020, verifica-se um crescimento nas colocações de trabalho temporário com mais 6.500 pessoas em abril (+27%); 12.700 pessoas em maio (+68%) e 9.600 pessoas em junho (+46%), num total de 28.000. Apesar do índice de Trabalho Temporário ter vindo a melhorar, estes valores deverão ser analisados num contexto de comparação com o período homólogo de 2020, no início da pandemia. O barómetro foi realizado pela APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos – e o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa).

No total, o aumento no número de colocações no 2º trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano anterior foi de +45% (64.047 em 2020 vs 92.847 em 2021). Apesar do crescimento em relação ao período homólogo do ano passado, ainda há uma quebra relativamente às colocações do 1º trimestre de 2021 (96.099).

Foi em maio que o valor do índice do trabalho temporário foi mais elevado (1,67), sendo que este tem vindo a subir progressivamente desde maio do ano passado, quando registou o valor mais baixo de sempre.

Para Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH), “os barómetros permitem constatar que o nível de contratos de trabalho temporário reduziu drasticamente entre 2019 e 2021. É importante relembrar que as taxas de penetração mais elevadas são em países com maior desenvolvimento económico e baixas taxas de desemprego. Tal demonstra a importância económica deste setor, que em Portugal tem das percentagens de penetração mais baixas a nível mundial, segundo dados da World Employment Confederation, e deve ser estimulado”.

“Temos vindo a constatar que, independentemente do contexto económico e da situação pandémica, existe estabilidade ao nível de escolaridade dos trabalhadores temporários, que através destes contratos têm a possibilidade de entrar no mercado de trabalho e desenvolver novas competências. Tal é especialmente relevante na fase que atravessamos e tendo em conta as estatísticas globais, que indicam que níveis inferiores de escolaridade têm menor empregabilidade, o que faz com que os contratos temporários contribuam para empregar esta franja de trabalhadores”, acrescenta ainda Afonso Carvalho.

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