Depois de mudanças no trabalho devido à pandemia Covid-19, começando pelo trabalho remoto, agora o trabalho híbrido ganha destaque, um modelo combinado entre alguns funcionários no local de trabalho a exercer as suas funções, e outros a trabalhar a partir de casa.
Para ajudar as organizações durante as transições dos modelos de trabalho, o 2021 Work Trend Index realizou um estudo com mais de 30 mil pessoas, analisando os sinais de produtividade e de trabalho no Microsoft 365 e no LinkedIn.
De acordo com o site oficial da Microsoft, estas são as sete tendências do trabalho híbrido para o ano de 2022:
O trabalho flexível veio para ficar
Os funcionários querem o melhor dos dois mundos: mais de 70% dos trabalhadores querem que as opções flexíveis de trabalho remoto continuem, enquanto mais de 65% desejam mais tempo com as suas equipas presencialmente.
“No ano passado, nenhuma área passou por uma transformação mais rápida do que a forma como trabalhamos. As expectativas dos funcionários estão a mudar e precisamos de definir a produtividade de forma muito mais ampla – incluindo colaboração, aprendizagem e bem-estar para impulsionar o avanço na carreira de todos os trabalhadores”, afirma Satya Nadella, CEO da Microsoft, citada no site.
Os líderes não têm contato com os funcionários e precisam de um alerta
Muitos dos líderes empresariais estão a sair-se melhor do que os seus funcionários, no que toca à realização do trabalho. 61% dos líderes dizem que estão a prosperar, como também relatam construir relacionamentos mais fortes com os seus colegas. Contudo os trabalhadores não sentem esta conexão, 37% afirma que as empresas estão a exigir muito deles num momento como este.
Alta produtividade e força de trabalho exaustiva
O estudo 2021 Work Trend Index refere que um em cada cinco entrevistados disse que o seu empregador não se preocupa com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 54% afirma que se sentem sobrecarregados, e 39% sente-se exausto. Estas afirmações devem-se à intensidade digital no horário de trabalho, com o aumento do número de reuniões, conversas online, mails e documentos, desde o ano passado.
A Geração Z está em risco e precisa de ser reorganizada
A geração Z encontra as idades dos 18 anos até aos 25, sendo esta uma geração que está mais propensa a sentir os impactos do isolamento, do trabalho, numa luta por motivação e por criar as suas poupanças monetárias. Segundo o estudo, os jovens estão mais propensos a conciliar o trabalho com as suas vidas, sentindo-se exaustos no final do dia, em comparação com as gerações anteriores. Esta geração também relata ter dificuldades em se sentir envolvida no trabalho, falar durante as reuniões e trazer novas ideias para a mesa.
Diminuição de redes está a pôr em risco a inovação
O isolamento causado pela pandemia afetou as pessoas não só na sua vida pessoal, mas também no seio do trabalho. As tendências de colaboração anónima entre biliões de e-mails do Outlook e reuniões do Microsoft Teams revelam uma tendência clara: a mudança para o controle remoto encolheu as redes. No início da pandemia, a análise do 2021 Work Trend Index, mostra que as interações com as redes próximas no trabalho aumentaram, enquanto as interações com as redes distantes diminuíram. Embora as interações com as redes próximas sejam ainda mais frequentes do que antes da pandemia, a tendência mostra que até mesmo essas interações de equipa começam a diminuir com o tempo.
A autenticidade irá aumentar a produtividade e o bem-estar
O trabalho remoto tornou-se mais humano devido à interação entre pessoas, principalmente sobre temas contrários ao trabalho. Uma em cada cinco pessoas conheceu os animais de estimação ou famílias dos seus colegas virtualmente e, um em cada seis (17%) chorou com um colega este ano. Este número foi ainda maior para os setores mais afetados durante esse período, como a educação (20%), viagens e turismo (21%) e saúde (23%).
O talento está em todo o lugar com um mundo de trabalho híbrido
Um dos lados positivos do trabalho remoto é a ampliação do mercado de talentos. As publicações de empregos remotos no LinkedIn aumentaram mais de cinco vezes durante a pandemia, sendo que 46% dos trabalhadores remotos estão a planear mudar-se para um novo local este ano porque agora podem trabalhar remotamente. As pessoas não precisam de deixar as suas mesas, casas ou comunidades para expandir a sua carreira e isso terá impactos profundos no cenário de talentos.