A WTW, empresa que fornece soluções com base numa abordagem analítica e no conhecimento nas áreas de pessoas, do risco e do capital, identificou sete riscos da cadeia de abastecimento para os seguros de mercadorias. A escassez de contentores de transporte que levará a um aumento da carga granel é um dos referidos, sendo que estes foram causados pela pandemia e pela recuperação, a diferentes velocidades, das principais economias.
Alguns destes riscos deixarão de existir em 2022, outros não e, por isso mesmo, os especialistas em análise de riscos da WTW delinearam sete situações possíveis de rotura que podem afetar as coberturas das apólices de transporte de mercadorias. Esses riscos passam pela escassez de contentores de transporte que levará a um aumento da carga granel, o valor acumulado da carga que pode superar os limites de responsabilidade incluídos nas apólices de mercadorias em trânsito, o fretamento total ou parcial de navios vai aumentar a exposição, os requisitos de garantia e embarcações que não cumprem as cláusulas, as limitações padrão de tempo podem ser insuficientes, os fornecedores de serviços logísticos podem tentar escapar à responsabilidade, e, por fim, atrasos nas reclamações após uma catástrofe natural.
Estes riscos surgiram pelos eventos meteorológicos extremos e alguns eventos pontuais altamente disruptivos, como o acidente e consequente engarrafamento do Canal do Suez, que realçou os múltiplos riscos que as empresas de transporte enfrentam, avança o comunicado enviado às redações.
“É demasiado cedo para antecipar como será 2022 para a indústria do transporte de mercadorias e para a cadeia global de abastecimento. No entanto, é importante manter estes possíveis cenários em mente para minimizar os riscos num mercado cada vez mais volátil”, refere Pedro Maia, responsável da área de energias renováveis/recursos naturais da WTW em Portugal.