Porta-vozes do chefe de Estado da Ucrânia e do Governo da Federação Russa confirmaram que as negociações entre os dois países vão ter início esta segunda-feira na Bielorússia, segundo a agência russa TASS.
“O local para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, na Bielorrússia, está pronto; aguarda-se a chegada das delegações”, anunciou nas redes sociais o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso.
Após várias recusas de negociar “ultimatos” com o Kremlin, o presidente da Ucrânia revelou no domingo que os dois governos vão reunir-se num local algures na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorússia.
As esperanças de sucesso destas negociações são muito reduzidas por parte dos ucranianos, visto que a ofensiva russa não abranda e os ataques e bombardeamentos em várias cidades do país parecem ganhar força. A juntar a estes acontecimentos, o presidente russo, Vladimir Putin, fez uma ameaça nuclear à Ucrânia em vésperas de negociações.
No lado russo, a moeda oficial, “rublo”, caiu cerca de 30% em relação ao dólar norte-americano na abertura dos mercados financeiros. Esta queda é resultado direto das pesadas sanções financeiras implementadas pela União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
As bolsas na Europa abriram esta segunda-feira em queda, refletindo o impacto da guerra na Ucrânia e a imposição de novas sanções à Rússia, que influenciam também a economia europeia. A Bolsa de Lisboa conta com uma das menores quedas da Europa, de 0,5%. O Euro Stock 50, que agrupa as 50 maiores companhias europeias, já cai 2,1%. O Dax alemão perde 1,7%, e o FTSE de Londres cai 1,17%. Com maiores desvalorizações, acima de 2,5%, estão os principais índices das bolsas francesa e italiana.
