Por: João Monteiro
A TAP, transportadora aérea nacional, teve, em 2021, um prejuízo de quase 1 600 milhões de euros, segundo comunicou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Imobiliário (CMVM).
Na informação enviada à CMVM, a TAP explica que registou custos não recorrentes de 1 024,9 milhões, dando o exemplo do encerramento das operações de manutenção no Brasil, que tiveram impacto nos resultados. A empresa diz ainda que as receitas operacionais atingiram os 1 388,5 milhões de euros, um aumento de 328,4 milhões (+31%) em comparação com as receitas operacionais de 2020.
“Deve também ser destacado o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (175,5 milhões de euros) relacionado com a depreciação do euro face ao dólar (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, sem impacto em caixa neste ano), e também a depreciação do real face ao euro”, acrescentou a empresa.
Na nota de imprensa divulgada pela TAP, a empresa indica uma “recuperação significativa do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente no segundo semestre de 2021, anulando as perdas operacionais registadas durante o primeiro semestre, permitindo que o ano de 2021 fosse encerrado com um EBITDA recorrente positivo de 11,7 milhões de euros”.
Em termos de liquidez, em 2021, a TAP revelou que continuou a concentrar-se nas suas medidas de proteção de liquidez, “beneficiando dos aumentos de capital de maio e dezembro de 2021 de 462 milhões de euros e 536 milhões de euros, respetivamente (no contexto da compensação de danos da COVID-19 e do auxílio à reestruturação)”.
A transportadora aérea nacional acrescentou ainda que terminou 2021 com 812,6 milhões de euros em caixa (+57% do que no início do ano).