Por: Diana Mendonça
O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se, nesta quinta-feira, para debater a política monetária em vigor nos países da zona euro. O fim da compra de dívida pública e a inalteração da taxa de juro durante o mês de junho foram as principais medidas tomadas.
A decisão sobre o aumento das taxas de juro ficou prevista para a reunião de política monetária do próximo mês. Em comunicado, o BCE anuncia que pretende subir em 25 pontos a taxa de juro no mês de julho. Esta medida vai de acordo com o anunciado pela presidente do BCE, Christine Lagarde, há duas semanas.
As subidas na taxa de juro devem alcançar valores positivos, até ao final do terceiro trimestre. Sem sofrer aumentos desde 2011, a taxa de depósitos encontra-se, atualmente, em -0,50%. Para tornar a taxa positiva será necessário um aumento de 50 pontos, que será feito de forma faseada. Em julho, o BCE propõe uma subida de -0,25%, sendo que a próxima subida está prevista para setembro.
Os ajustes à taxa de juro mantêm-se em análise pelo Banco Central Europeu, tendo em conta as perspetivas inflacionistas.
A taxa de refinanciamento, paga pelos bancos quando contraem empréstimos ao BCE, e a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez, paga pelos bancos quando contraem empréstimos a um dia, encontram-se numa tendência positiva.
Relativamente à compra de ativos de emergência feita durante a pandemia, o BCE pretende reinvestir os títulos vencidos até 2024.
As decisões em relação à taxa de juros podem incentivar ainda mais as tendências inflacionistas e provocar uma recessão, daí a necessidade de atuar sobre as taxas de juro.
Sem sofrer aumentos desde 2011, a reunião do BCE será em torno dos ciclos de aumento dos juros. Até ao dia de hoje, a taxa de depósitos encontra-se em -0,50%. Para tornar a taxa positiva será necessário um aumento de 50 pontos, que deverá ser feito de forma faseada.
