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Défice orçamental recua para 0,4% do PIB português nos primeiros três meses do ano

Por: Diana Mendonça

O défice orçamental português recuou 0,4% no primeiro trimestre de 2022, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No trimestre anterior, a capacidade de financiamento do produto interno bruto (PIB) português era de 0,7%. Olhando para as administrações públicas, em exclusivo, o saldo do PIB passou de 0,6% no primeiro trimestre de 2021 para -0,4% no primeiro trimestre de 2022.

Estes dados revelam uma melhoria do saldo quer em contabilidade nacional (utilizada para comparações internacionais), quer em contabilidade pública. A melhoria destes valores é explicada pelas “injeções de capital e assunção de dívidas no primeiro trimestre de 2022″ que foi destinada a entidades do setor das administrações públicas.

Já o rendimento nacional bruto e o rendimento disponível aumentaram 3% e 2,8%, respetivamente de acordo com os dados do INE.

“A alteração de sinal do saldo externo da economia refletiu a redução da capacidade de financiamento das famílias e o aumento da necessidade financiamento das sociedades não financeiras, dado que se reduziu a necessidade de financiamento das administrações públicas e se manteve inalterado o saldo das sociedades financeiras”, revela o INE.

Relativamente ao rendimento bruto das famílias, registou-se um aumento em cadeia de 1,4%, tendo em conta que as remunerações aumentaram 1,7% e o valor acrescentado bruto (VAB) 2,4%.  As despesas de consumo final aumentaram 4,1% face ao trimestre anterior, o que levou a uma redução da taxa de poupança para os 8,3%.

Os saldos das sociedades não financeiras foram negativos (-2,8%) e o VAB do setor apenas cresceu 3%, este crescimento foi “parcialmente anulado pelo aumento das remunerações pagas e do investimento, e pela diminuição dos subsídios de exploração (-27,7%)”. Contudo, a capacidade das sociedades financeiras estabilizou em 1,5% no primeiro trimestre de 2022.

As necessidades de financiamento recuaram 1,3%, o que representa 1,5% do PIB no primeiro trimestre.

 

 

 

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