Por: Diana Mendonça
O Japão registou um défice comercial de quase oito biliões de ienes, equivalente a 56.07 mil milhões de euros, na primeira metade do ano. O défice da balança comercial japonesa é justificado pelo aumento dos preços do petróleo e pela desvalorização do iene, moeda do Japão, de acordo com os dados do Ministério das Finanças japonês.
Este é o segundo semestre consecutivo em que o país regista valores de défice comercial. Contudo, as exportações aumentaram 15% passando para 45,94 biliões de ienes (325 mil milhões de euros) e as importações baixaram quase 38%, passando para 53,86 biliões de ienes (381,2 mil milhões de euros).
No mês de junho, as importações aumentaram 46%, enquanto as exportações aumentaram apenas 19%, em relação ao período homólogo de 2021, resultando num défice comercial de 1,38 biliões de ienes (9,77 mil milhões de euros), o maior défice desde junho de 2014.
As importações dos Estados Unidos da América aumentaram 25% e as exportações 15%. Já em relação ao Médio Oriente, as importações aumentaram 125%, este aumento é justificado pelo facto de esta região ser responsável pelo abastecimento energético do Japão.
O aumento das exportações japonesas é justificado pelo aumento da procura global de carros e dos chips de computadores japoneses, revela o Ministério das Finanças japonês.
O valor do iene, atualmente, encontra-se mais alto (138 ienes por dólar) do que há um ano (110 ienes por dólar).
O Banco do Japão manteve as taxas de juro inalteradas (-0,1%) assim como o programa de compras de fundos negociados em bolsa para manter a curva de rendimento das obrigações de longo prazo em cerca de 0%.