Por: António Alvarenga, professor associado convidado na Nova SBE, consultor internacional (ALVA Research and Consulting) e investigador (Técnico Lisboa e IHC – UNL)
Cenários são narrativas de ambientes alternativos nos quais as decisões de hoje podem vir a ser executadas. Os cenários ilustram contextos estratégicos futuros por meio de narrativas técnicas e simbólicas que podem ser mais ou menos detalhadas.
O desenvolvimento e a utilização de cenários pode ser particularmente útil em contextos de elevada incerteza, onde a mudança pode vir de áreas aparentemente distantes do core business da empresa, tornando-se mais difícil distinguir o essencial do acessório.
O espaço deste artigo é escasso, mas não é difícil, no mundo atual, e mesmo de forma telegráfica, defender a ideia da prevalência de um conjunto de incertezas estruturais que afetam a globalidade dos mercados e setores económicos: pandemia, guerra na Europa, crise energética (caos energético?), fraturas políticas na União Europeia, desvalorização do euro, inflação (possivelmente descontrolada?) e subida das taxas de juro. E, se quisermos olhar só um pouco mais para o futuro, podemos acrescentar a estas fontes de incerteza o envelhecimento rápido da população, as alterações climáticas, a desertificação, a escassez de água, o aumento das desigualdades ou as crescentes ameaças à cibersegurança.
Mas terão as PME recursos (tempo, dinheiro, talento) para investir no desenvolvimento ou utilização de cenários?
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