Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Disrupção, inovação e contingência

Por: Paulo Veiga

Transformação digital é a expressão da moda no mundo atual. Os que se mantiveram alheios a essa revolução silenciosa pagaram um alto preço.

A verdade é que, atualmente, as empresas vivem perante ameaças endógenas, mas essencialmente exógenas derivadas das rápidas alterações de mercado, regulamentos e tecnologia. Nesse sentido, a disrupção foi levada a um extremo nunca conhecido.

Isto é, atualmente, há um processo de disrupção e inovação assente em tecnologia que, diria o economista Joseph Schumpeter, está intimamente ligado ao sistema capitalista, onde cada nova revolução do mercado destrói o ciclo anterior e toma o seu próprio mercado, numa espécie de darwinismo corporativo, eterno, que concede apenas aos mais ágeis o privilégio de sobreviver à sede de renovação do tempo.

Nos últimos anos, o termo passou a ser usado incorretamente, como um autoelogio a qualquer empresa que se julgue inovadora. Mas disrupção não é sinónimo de inovação. Na verdade, qualquer empresa disruptiva é inovadora, mas o contrário não é necessariamente verdade.

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