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José Esfola, diretor geral da Xerox Portugal (Foto: João Filipe Aguiar)
José Esfola, diretor geral da Xerox Portugal (Foto: João Filipe Aguiar)

“Quando tratamos bem as pessoas, estamos a tratar bem o negócio” – José Esfola

Por: João Carreira

José Esfola é, atualmente, o diretor geral da Xerox Portugal, uma das melhores empresas no que toca à inovação e gestão de recursos humanos. Em conversa com a PME Magazine, conta-nos quais os segredos para alcançar este nível de produtividade e engajamento dos colaboradores.

Veja o vídeo da entrevista com o diretor geral da Xerox Portugal, José Esfola.

PME Magazine (PME Mag.)Chegar à direção da Xerox Portugal estava no seu plano de carreira? Quando deu conta que esta era uma possibilidade real?

José Esfola (J. E.) – No fundo, não sou assim tão calculista que tivesse um objetivo muito claro ou definido desde que comecei a trabalhar. Praticamente, o meu primeiro emprego foi aqui na Xerox. De qualquer forma, temos muitos e bons exemplos de carreiras internas de sucesso e claro que, a dado momento, passei a gerir a área de vendas que veio a tornar-se mais relevante dentro daquilo que é o nosso resultado e que começou a materializar esta possibilidade que veio a acontecer uns anos atrás.

PME Mag. – A que atribui a sua escalada de sucesso dentro da Xerox?

J. E. – um poema do Miguel Torga que me vai ajudar a responder. É o prelúdio que diz que o destino destine e eu tenho de fazer o resto. E comigo passou-se muito isso. Eu venho de uma família muito dedicada a negócios, comércio, praticamente nasci dentro de uma mercearia e também de uma loja de eletrodomésticos e de negócios, que ainda continuam a existir hoje com outra dimensão, e sempre andei por ali. Fiz venda ambulante com os meus avós quando tinha seis, sete anos, ia buscar uma mala de cartão e ia à mercearia colher uns produtos para ser eu próprio a fazer a venda, porque as pessoas achavam engraçado e acabavam por comprar. Tudo isso desenvolveu uma aptidão, creio eu, pelas vendas. Também provavelmente com um ADN aqui à mistura. Nunca vivi com o meu pai, mas ele também sempre foi muito dedicado aos negócios e teve vários empresas. Portanto, tudo isso acho que me ajudou a criar esse espírito e paixão pelo negócio. Lembro-me de ser adolescente e estar nessas lojas e passar o tempo a folhear as páginas amarelas a ver empresas, atividade de empresas, logótipos. Depois desenhava o logótipo do que seria a minha empresa. Portanto, todo esse caminho que eu fui percorrendo desde muito cedo (praticamente desde que nasci) ajudou a construir essa paixão pelo negócio.

PME Mag. – desde pequeno tinha essa aptidão?

J. E. – Sim, eu depois tive a felicidade de entrar para a Xerox. Eu procurava um emprego de vendedor, porque eu queria mesmo ser vendedor. Às vezes até fico chocado quando as pessoas veem isso como algo depreciativo, mas eu queria mesmo ser vendedor. Entrei para a Xerox e a Xerox era, na altura, a melhor escola de vendas que existia e, a partir daí, como dizia o Ronaldo “é fácil ter paixão pelo que faço”, fazer melhor todos os dias e, uma coisa que acho muito importante, que é nunca parar de aprender ou de querer aprender.

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