Por: Filipa Ribeiro
Um estudo da Boston Consulting Group (BCG), uma empresa de consultoria de gestão, e da QED Investors estima que as receitas do setor fintech deverão crescer cerca de seis vezes até 2030, passando de 245.000 milhões de dólares para 1,5 biliões.
De acordo com o “Fintech Report 2023: Reimagining the Future of Finance”, esta indústria representa aproximadamente 2% dos 12,5 biliões de dólares em receita global de serviços financeiros – um número que poderá ascender até aos 7% -, e que as fintechs bancárias constituem quase 25% de todas as avaliações bancárias globais até 2030.
A região Ásia-Pacífico, com cerca de 4 biliões de dólares em receitas de serviços financeiros, encontra-se prestes a ultrapassar os Estados Unidos e a tornar-se o maior mercado fintech do mundo nos próximos sete anos, com um crescimento médio anual previsto de 27%.
Um impulso que se deve maioritariamente à China, Índia e Indonésia, por serem países onde se encontram as maiores fintechs, uma elevada parte da população sem banco nem serviços alternativos, um elevado volume de pequenas e médias empresas e uma crescente população jovem e classe média cada vez mais sofisticada tecnologicamente.
Os pagamentos foram os que lideraram a última era de crescimento do setor, mas perderão tração para os modelos de negócio B2B2X e B2b. Até 2030, espera-se que estes modelos cresçam por ano, respetivamente, 25%, atingindo os 440.000 milhões de dólares em receitas anuais, e 32%, alcançado os 285.000 milhões de dólares.
Com cerca de 2.800 milhões de pessoas a recorrer a serviços financeiros alternativos e mais 1.500 milhões de adultos sem conta bancária no mundo, os neobancos desempenharão um papel fundamental na expansão do acesso financeiro, pelo que as estratégias das fintechs e dos incumbentes terão de se adaptar ao cenário macroeconómico.