Portugal entre os países da UE com menor adoção de Inteligência Artificial

Por: Constança Ladeiro

Dados do Eurostat revelam que, em 2024, Portugal continua abaixo da média da União Europeia (UE) em relação à adoção de Inteligência Artificial (IA).

De acordo com estes dados, 13,5% das empresas da UE com 10 ou mais trabalhadores utilizaram tecnologias de IA para conduzir as suas atividades, o que indica um crescimento de 5,5 pontos percentuais (pp) relativamente aos 8,0% registados em 2023.

Este aumento na adoção de IA é impulsionado por iniciativas governamentais e europeias que visam promover a digitalização das Pequenas e Médias Empresas (PME). A entrada em vigor do Regulamento de Inteligência Artificial da UE, em agosto de 2024, melhorou o desenvolvimento e utilização de IA na Europa, assegurando que estas tecnologias sejam seguras e respeitem os direitos fundamentais.

No entanto, apenas 9,3% das empresas portuguesas com 10 ou mais trabalhadores utilizaram tecnologias de IA, representando um pequeno aumento de 0,8 pontos percentuais em relação a 2023.

Portugal apresenta o 7º pior resultado entre os 27 países 

Colocando Portugal como um dos países que apresenta uma menor percentagem de empresas a utilizar IA e em que o uso destas menos cresceu face ao ano anterior.

A nível europeu, a adoção de IA varia significativamente entre os países. Enquanto algumas nações lideram na implementação destas tecnologias, outras ainda estão em fases iniciais de integração.

Neste sentido, a adoção da IA tem sido impulsionada por países como Dinamarca (27,6%), Suécia (25,1%) e Bélgica (24,7%), que lideram na integração destas tecnologias.

A Suécia registou a maior subida no último ano, com um aumento de 14,7 pontos percentuais (pp), seguida da Dinamarca (+12,4 pp) e da Bélgica (+10,9 pp).

Por outro lado, além de Portugal, os países que apresentaram crescimentos mais pequenos foram Roménia (+1,6 pp) e Espanha (+2,1 pp).

Entre as principais aplicações de IA utilizadas em 2024, destaca-se a análise de linguagem escrita (text mining) e a geração de linguagem escrita ou falada utilizadas por quase 7% das empresas europeias.