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António Alegre, CEO da Páginas Amarelas (Foto: Divulgação)

“A situação atual veio reforçar a importância do digital” – António Alegre

A Páginas Amarelas virou-se para o marketing digital e agora tem como foco ajudar as empresas portuguesas a encontrarem o seu caminho no mundo online. O CEO, António Alegre, traça um retrato do atual trabalho da empresa.

PME Magazine – De um ‘calhamaço’ amarelo à porta dos portugueses a uma empresa de marketing digital, quando se deu o clique de que era preciso mudar?

António Alegre – É difícil definir um momento exato, vemos o processo mais como uma viagem, na qual fomos obrigados a ultrapassar todos os limites de velocidade para estarmos onde estamos hoje. Neste momento temos uma oferta totalmente atualizada e a par das maiores empresas da nossa indústria a nível mundial. Em fevereiro lançámos o Marketplace, o produto que faltava modernizar e que veio substituir o nosso antigo diretório. Também aproveitámos esse momento para fazer o rebranding e voltarmos ao icónico logótipo dos dedos – quem não se lembra do “vá pelos seus dedos”, um slogan intemporal, agora não nas listas mas no digital. Mais recentemente, e em resposta a necessidades diretas geradas pela pandemia, avançámos com a criação dos produtos ‘Go-Online’ e ‘Menu Digital’, dirigidos às PME portuguesas, que precisam de ser resilientes e adaptar-se para seguirem em frente – exatamente o que fez a Páginas Amarelas, quando chegou a altura de passar do produto físico ao novo posicionamento digital. 

PME Mag. – Agora, mais do que nunca, faz sentido a aposta no digital?

A. A. – Nunca duvidámos da importância do marketing digital pelo que não diria que hoje faz mais sentido do que no ‘pré-covid´. Acredito é que a situação atual veio reforçar a importância do digital. Quem não investe no digital vive exclusivamente do modelo de negócio tradicional e isso é altamente redutor, se não mesmo insustentável para a maior parte das estruturas. As pessoas procuram soluções ágeis para as suas necessidades e as ferramentas online vieram trazer uma capacidade reforçada de aproximar empresas e consumidores, ampliando os negócios.

PME Mag. – Contudo, muitas empresas veem-se com falta de liquidez e não têm como o fazer, como contornar isto?

A. A. – A melhor forma de se gerir uma capacidade mais reduzida é rentabilizar ao máximo o investimento possível em cada fase. Os clientes da Páginas Amarelas são acompanhados em permanência por uma equipa de profissionais especializados, que orientam cada processo e apoiam na tomada de decisão, precisamente para que universos que são desconhecidos para a maioria dos pequenos e médios players possam ser endereçados para uma maior rentabilidade e sucesso. Não basta fazer a migração para o digital, comprar espaço publicitário e responder a leads; há que posicionar a marca, definir territórios, alcançar visibilidade, acompanhar as interações, garantir segurança nos procedimentos e acompanhar as tendências para conseguir tirar partido de tudo o que fica ao seu alcance. Em termos de investimento, posso referir o caso do Menu Digital: os restaurantes que queiram digitalizar o seu serviço através da solução da Páginas Amarelas podem usufruir de até três meses de oferta que propomos pelo lançamento e, dessa forma, o investimento não chega aos 15 euros por mês.

PME Mag. – A Páginas Amarelas sentiu esta quebra no negócio?

A. A. – Não somos imunes à situação global, mas temos acompanhado de forma muito atenta a evolução dos acontecimentos e levámos a cabo algumas adaptações estratégicas para garantir que chegamos às empresas que precisam de nós.

PME Mag. – Quantos trabalhadores têm neste momento?

A. A. – Contamos atualmente com uma equipa de 130 pessoas, através da qual nos mantemos focados em continuar a ser uma grande escola de vendas, agora também de marketing digital – formamos, aliás, dezenas de profissionais todos os anos, algo de que nos orgulhamos muito.

PME Mag. – O que estão a fazer para ajudar as PME a retomarem a sua atividade?

A. A. – Lançámos, em parceria com a Altice, a Go-Online, uma solução que permite a empresas de pequena e média dimensão de todo o país, de qualquer setor de atividade, fazer a sua transição para o digital. Trata-se de uma novidade que remete para a política de responsabilidade social da Páginas Amarelas e que chega ao tecido empresarial na altura em que pode fazer mais diferença. Com a Go-Online, acedem a uma ferramenta integrada de marketing e e-commerce, que podem inclusivamente gerir via app mobile e que os apoia na criação de websites com loja virtual, a alcançar visibilidade nas redes sociais e a acompanhar as interações com os clientes de forma fácil e segura. Criámos também um destaque na homepage do nosso Marketplace, onde centralizámos por distrito um conjunto de empresas que vendem produtos e serviços online e que são essenciais para os portugueses. Abordámos as câmaras municipais para nos ajudarem a mapear as empresas locais que vendem online para que os possamos ajudar a divulgar os seus produtos e serviços no Marketplace e, assim, facilitar o acesso a quem deles necessita – uma abordagem que tem tido uma resposta francamente positiva. Além disto, avançámos com uma solução específica para o setor da restauração, o Menu Digital, que em apenas três dias recebeu mais de 100 pedidos – foi um dos setores mais afetados pelos efeitos da pandemia e um dos que mais tem aderido para retomar a atividade, alinhados com as orientações de segurança. 

PME Mag. – Como funciona o Go-Online?

A. A. – O Go-Online é uma solução integrada de marketing e vendas online, passível de ser gerida via app mobile. Mais do que um website com a possibilidade de e-commerce, a solução tem um conjunto de ferramentas para promoção e venda dos produtos e serviços da empresa: desde e-mail marketing a um gestor de contactos, passando por um sistema de marcações e reservas, gestão centralizada de presença nas redes sociais e um backoffice especializado para acompanhamento das interações com os clientes. A solução garante a integração segura com os principais meios de pagamentos, através da Altice Pay, bem como o acesso a serviço de entregas de encomendas em todo o país.

PME Mag. – A atual conjuntura está a mudar a forma de as Páginas Amarelas verem o seu negócio?

A. A. – Não diria que a conjuntura nos fez mudar, mas sim avançar mais depressa para o lançamento de um conjunto de ferramentas e soluções que passaram a ditar a sustentabilidade económica de alguns negócios. Conhecendo as necessidades específicas de cada setor no âmbito digital, foi uma questão de vermos de que forma poderíamos ser-lhes mais úteis e entregarmos respostas alinhadas com as orientações sectoriais, bem como com as mensagens de segurança e comodidade que todos procuramos nos serviços a que recorremos.