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A AEP constatou que os riscos mais estruturais relativos a custos de contexto penalizam especialmente as exportações de bens (Foto: Unsplash)

AEP destaca riscos nas exportações nacionais

A AEP – Associação Empresarial de Portugal notou riscos que podem penalizar a evolução das exportações nacionais, sobretudo nas áreas dos serviços e do turismo.

Segundo os dados do relatório Envolvente Empresarial – Análise da Conjuntura, relativos ao segundo trimestre de 2021 sobre a atividade económica, desenvolvido pela AEP, pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, destacaram-se alguns riscos que podem ser prejudiciais à evolução das exportações nacionais.

A AEP destaca os riscos mais estruturais relativos a custos de contexto, que penalizam especialmente as exportações de bens, que são justificados pelos “elevados preços da energia paga pela indústria nacional, quer na eletricidade, quer no gás natural, mas que neste caso apenas nos dois primeiros escalões de consumo em que se situam a maior parte das empresas, sobretudo as de menor dimensão”.

A Associação demonstra, de igual modo, preocupação face ao indicador de competitividade-custo, que também mostra sinais de “forte perda”, apresentando “um contributo maioritário do aumento dos custos laborais unitários relativos (4,0%) e menor apreciação nominal do euro (1,0%)”. Relativamente ao fator de competitividade, este melhorou “de forma mais ligeira (1,3%)”.

De acordo com o comunicado da AEP, “o retrocesso de Portugal no ranking de inovação europeu, evidencia que há ainda muito a progredir neste domínio crucial para o aumento sustentado do valor acrescentado das exportações”.

Tendo em vista os riscos analisados “é preciso atuar de forma conjuntural, não retirando prematuramente os apoios à economia, e de forma mais estrutural, ao nível da redução de custos de contexto”, nomeadamente no que concerne ao posicionamento nas cadeias de valor, custos dos inputs e a remoção dos bloqueios à inovação, pois só assim é que Portugal conseguirá “alcançar as metas do Programa Internacionalizar 2030”.