Domingo, Novembro 24, 2024
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Alemanha junta-se ao projeto do H2Med sobre o gasoduto ibérico

Por: Marta Godinho 

A junção da Alemanha ao projeto do H2Med sobre o gasoduto ibérico que pretende ligar a Península Ibérica ao resto da Europa e que se vai juntar a Portugal, Espanha e França foi anunciado pelo presidente francês, Emmanuel Macron que esteve reunido com o chanceler alemão na cimeira franco-alemã realizada no domingo, 22 de janeiro, que assinalou os 60 anos do Tratado do Eliseu.

“Decidimos alargar o H2MED, que graças a fundos europeus une [quando estiver concretizado] Portugal, Espanha e França, à Alemanha, que será um parceiro na infraestrutura deste projeto”, afirmou Emmanuel Macron, no final da cimeira franco-alemã que decorreu em Paris.

Tudo isto trata-se do “reforço da dimensão pan-europeia do H2MED“, que “pela primeira vez na história” poderá tornar a Península Ibérica num ‘hub’ líder de energia verde para toda a Europa”, defende o governo espanhol, no mesmo comunicado. “O acordo chega após negociações entre os governos dos quatro países, favorecidas pela sua visão profundamente europeísta”, acrescenta.

Em agosto de 2022, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, defendeu a construção de um ‘pipeline‘ pan-europeu, desde Portugal até à Alemanha, para reduzir a dependência do continente do gás russo e para diversificar as fontes de energia

As novas ligações para transportar energia entre Portugal, Espanha e França, conhecidas como “Corredor de Energia Verde”, excluem o gás e serão unicamente para hidrogénio, devendo estar operacionais em 2030. Os três governos apresentaram o projeto a fundos europeus em dezembro.

O financiamento europeu do H2MED pode chegar aos 50% do custo estimado do projeto, que Portugal, Espanha e França calculam que seja de 350 milhões de euros no caso do CelZa e de 2.500 milhões no BarMar, segundo um documento divulgado no início de dezembro, em Alicante (Espanha) após um encontro entre  Portugal e Espanha com a presença dos primeiros-ministros, António Costa e Pedro Sánchez, e com a presença de Macron e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O H2MED terá capacidade para transportar dois milhões de toneladas anuais de hidrogénio verde entre Barcelona e Marselha e 750 mil toneladas entre Celorico da Beira e Zamora. Isto corresponde a 10% do consumo de hidrogénio verde (H2) estimado em toda a União Europeia em 2030, o que faria deste projeto o primeiro grande corredor europeu desta energia.

A União Europeia estabeleceu este ano como objetivo para 2030, reduzir a utilização de gás, o consumo de 20 milhões de toneladas anuais de hidrogénio verde, sendo que 10 milhões deverão ser produzidas dentro do espaço europeu e 10 milhões importadas.

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