A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) considera que as medidas de restrição impostas para os próximos dois fins de semana vão afetar mais hotéis do que restaurantes e exige ao Governo a aplicação de um “princípio de equidade” e a criação de um programa “Apoiar Hotelaria”.
A APHORT acredita que as medidas impostas pelo estado de emergência têm criado mais dificuldades ao funcionamento do ramo hoteleiro do que à restauração.
Para colmatar essa falha, a APHORT sugere a criação de uma iniciativa de apoio aos hotéis que tenha por base medidas idênticas às que foram criadas para apoiar restaurantes em situação de carência económica, um programa conhecido como “Apoiar Restauração”.
Em carta enviada ao Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a associação explica que as medidas restritivas à circulação dos portugueses, que impedem deslocações entre concelhos, levaram ao cancelamento de reservas existentes nos hotéis que ainda se mantêm abertos.
António Condé Pinto, presidente executivo da APHORT afirma: “o primeiro-ministro afirmou que uma das razões que justificam o programa “Apoiar Restauração” é o facto de uma refeição que não seja vendida hoje, não poder ser vendida amanhã”. Ora, esta frase é ainda mais verdadeira quando nos referimos aos quartos dos hotéis.”
O responsável acrescenta: “acresce aqui que, ao contrário dos restaurantes, os hotéis não podem fazer take-away nem delivery dos seus serviços de alojamento”.
Para a APHORT, é crucial a existência de um “princípio de equidade” e com igualdade de medidas entre a restauração e a hotelaria, uma vez que ambas as áreas pertencem ao setor do turismo. Em comunicado enviado à imprensa, a associação diz que a criação de um programa especialmente direcionado para a hotelaria é “uma medida absolutamente necessária e urgente para uma compensação mínima da depauperada tesouraria dos hotéis”.
