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Turismo
O Algarve foi a região do país que obteve a maior taxa de proveitos totais (Foto: Unsplash)

Aumento dos preços faz proveitos do alojamento turístico aumentarem 17%

Por: Diana Mendonça

O alojamento turístico nacional tem tido menos hóspedes, contudo, as receitas continuam a aumentar, tendo o mês de junho registado um crescimento de 17%, face ao período homólogo, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os preços por noite nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentaram 14,6%, face ao registado no período homólogo em 2019. O rendimento por quarto ocupado (ADR) atingiu os 111,80 euros, refletindo um aumento nos proveitos dos estabelecimentos. No mês de junho, o alojamento turístico registou proveitos de 416,4 milhões de euros, um aumento de 17,4% face a 2019 e de 165,4%
relativamente a junho de 2021.

Os gastos totais de uma estadia também aumentaram e geraram mais proveitos para outros setores como a restauração, lavandaria entre outros serviços, que registaram um aumento de 17%, face ao período pré-pandemia.

O Algarve foi a região do país que obteve a maior taxa de proveitos totais, com 31,5%, seguindo-se Lisboa com 29,7% e a região Norte com 14,7%.

O turismo rural e da habitação foram os que registaram as maiores subidas nos proveitos totais (62,4%) e de aposento (56,2%). Os valores do alojamento local também foram significativos com subidas de 3,9% e 4,5%, respetivamente. Já as unidades hoteleiras registaram aumentos de 3,3 3 de 5,5%, respetivamente.

Apesar do aumento dos proveitos totais, o número de hóspedes está abaixo do registado em 2019, o que indica que o aumento das receitas é resultado do aumento dos preços.

Em junho, Portugal registou 2,7 milhões de hóspedes e 7,2 milhões de dormidas. Estes valores demonstram um aumento de 97,3% e 110,2% face a 2021, mas está abaixo 2,6% e 0,4% dos valores registados pré-pandemia.

Nos primeiros seis meses do ano, os estrangeiros assumiram o maior peso no turismo do país com 4,8 milhões de dormidas. Contudo, este valor está 3,5% abaixo do registado em 2019. Já o mercado interno subiu 7%, apenas no mês de junho, registando 2,3 milhões de dormidas.

As únicas regiões do país que já conseguiram ultrapassar o número de dormidas pré-pandemia, no mês de junho, foram a Madeira (16,8%), o Norte (6,2%), os Açores (6,1%) e Lisboa (0,1%).