Relatório da Willis Tower Watson perspetiva um aumento salarial no setor privado em cerca de 1,9% ao longo deste ano, contrariando a tendência de 2020.
De acordo com a Willis Towers Watson, empresa global líder em consultoria, serão menos as empresas portuguesas a congelar salários ao longo deste ano, o que se poderá traduzir num aumento salarial.
O relatório contraria as perspetivas mais pessimistas relativas à crise económica provocada pela pandemia causada pela Covid-19, uma vez que, como afirma Sandra Bento, associate director da Willis Towers Watson Data Services, “muitos empregadores estão a procurar formas de lidar melhor com esta crise, de gerir o seu negócio e de ajudar os seus funcionários”, acrescentando, ainda, que os mesmos “olham para 2021 com um otimismo cauteloso, o que se reflete neste ligeiro aumento salarial”.
Este cenário parece estar a instalar-se um pouco por toda a Europa Ocidental, com a maioria das empresas a prever aumentos salariais mais elevados do que os de 2020, com especial destaque para os aumentos perspetivados na Holanda (2,5%), na Alemanha (2,4%), na Itália (2,1%), em França e em Espanha (2%).
O relatório foi elaborado no final do ano passado, contando com mais de 18 mil respostas provenientes de mais de 130 países de todo o mundo. Portugal teve a sua colaboração através da participação de 209 empresas. O objetivo final deste relatório passa por resumir a pesquisa relativa aos movimentos salariais e práticas das empresas, de forma a ajudá-las no planeamento das suas remunerações.