Por: Marta Godinho
Afetadas pelo aumento dos custos energéticos e das matérias-primas e pelas perturbações nas cadeias de abastecimento ao promover uma linha de crédito de 600 milhões de euros, já se encontra aberta a linha de apoio dirigida às empresas, sendo que o Banco Português de Fomento (BPF) e a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) apresentaram condições.
Em comunicado oficial, o BPF referiu que a linha de apoio foi “criada no âmbito de um conjunto de medidas de apoio às empresas e às entidades da economia social, para combater o aumento dos preços da energia e mitigar os efeitos da inflação, decorrentes do atual contexto geopolítico. Esta medida destina-se a apoiar as empresas especialmente afetadas pelo aumento acentuado dos custos energéticos e das matérias-primas, bem como pelas perturbações nas cadeias de abastecimento”.
A linha de apoio ao aumento dos custos de produção é gerida pelo BPF e destina-se a micro, pequenas e médias empresas, “small mid cap”, “mid cap” e grandes empresas com atividade em território português. Todas as empresas devem ter registos financeiros como aumentos importantes do peso de custos energéticos, do peso de custo das mercadorias vendidas e de matérias consumidas ou importantes das necessidades de fundo de maneio.
As operações de crédito desta linha de apoio destinam-se ao reforço de fundo de maneio para estas empresas “através de empréstimos de curto, médio e longo prazo (até oito anos, após a contratação, com 12 meses de carência de capital)”, acrescenta o BPF.
Todas as empresas envolvidas na linha de apoio beneficiarão de uma garantia prestada pelas sociedades de garantia mútua (Agrogarante, Garval, Lisgarante e Norgarante) “destinada a garantir até 70% do capital em dívida, a cada momento”, havendo uma contragarantia de 80% do FCGM, gerido pelo BPF.
As microempresas podem financiar-se até 50 mil euros, as pequenas empresas até 750 mil euros e as médias, “small mid cap”, “mid cap” e grandes empresas até 2,5 milhões de euros. O próprio BPF afirmou que o valor do financiamento “não pode ultrapassar o maior valor entre 25% do volume de negócios ou 50% dos custos energéticos, ambos medidos em termos médios face ao verificado nos últimos três exercícios”.
De forma a candidatarem-se à linha de apoio, as empresas terão de contactar os bancos ou as sociedades de garantia mútua.