Por: Diana Mendonça
Do início do ano até agora, economistas e peritos do setor realizaram várias previsões que revelam uma tendência de queda do crescimento económico europeu para quase metade e a expectativa de inflação mais do que triplicou, revela artigo do boletim económico do Banco Central Europeu (BCE).
Em quase seis meses, a previsão média de crescimento do produto interno bruto (PIB) da zona euro passou de quase 4% para 2,5%, registando uma quebra de quase metade. Os estudos revelam que a atual situação na Ucrânia deverá piorar esta tendência.
Os preços para o consumidor final aumentaram de forma exponencial, levando a que o cenário atual seja pior do que aquele previsto em janeiro. Em janeiro de 2022, a inflação apurada pelos peritos situava-se pouco acima dos 3%, agora situa-se nos 7%.
A tendência inflacionista continuará a subir, de acordo com o BCE. No início do mês, o BCE anunciou uma retoma anual de 2,8% e uma inflação média de 6,8%. No entanto, estes números podem agravar-se, tendo em conta a situação na Ucrânia.
Segundo os dados do BCE, caso a guerra persista, prevê-se que a economia cresça 1,3% em 2022, levando a uma recessão de 1,7% no próximo ano. Já quanto à inflação, prevê-se uma subida de 8% este ano e de 6,4% em 2023.
Com o aumento da inflação, o BCE garantiu a continuação da subida das taxas de juro para tentar travar a subida dos preços, lançando sinais de alarme para as famílias, empresas e países que se encontram mais
endividados. Apesar deste cenário, o BCE não prevê um cenário de estagnflação das economias, cenário onde há estagnação no crescimento económico em simultâneo com uma inflação elevada.
Apesar das previsões de inflação superior a 2% em 2023, os especialistas preveem uma descida na segunda metade do próximo ano.
O BCE revela que a conjuntura em que vivemos provocou uma dispersão das previsões, sendo que os coeficientes de variação passaram a estar entre os 30 e os 50%.