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Parceria Económica Abrangente Regional conta com 15 países (Foto: Pixabay)

China e países da Ásia e do Pacífico assinam maior acordo comercial do mundo

No total, foram 15 os países que assinaram aquele que é o maior acordo comercial do mundo. Parceria é vista como uma reação da China a uma iniciativa semelhante que surgiu durante a administração de Obama, nos Estados Unidos da América.

Com o apoio da China, este poderá ser o maior acordo comercial alguma vez realizado em termos de Produto Interno Bruto (PIB). Com o nome Parceria Económica Abrangente Regional (RCEP, a sigla em inglês), o pacto foi confirmado no encerramento da cimeira virtual da ASEAN, a Associação das Nações do Sudeste Asiático, podendo agora dar lugar à criação de uma nova zona de comércio livre.

Esta foi uma iniciativa proposta inicialmente em 2012 durante a presidência de Barack Obama, nos Estados Unidos da América (EUA), mas que terá sido, entretanto, colocada de lado pelo governo de Donald Trump.

O novo acordo comercial integra 15 países da região Ásia-Pacífico: China, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietname, Birmânia, Camboja, Laos e Brunei. No total, todos os países representam cerca de 30% do PIB mundial e uma população de dois mil milhões de pessoas.

Nguyen Xuan Phuc, primeiro-ministro do Vietname, país que está agora à frente da presidência rotativa da ASEAN, disse estar satisfeito com o acordo, já que “depois de oito anos de negociações complexas” foi possível “encerrar hoje oficialmente as negociações do RCEP”.

Também o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, celebrou a assinatura da nova parceria em tempos de pandemia, referindo que isto pode significar “um raio de luz e esperança no meio das nuvens”.

A Índia tinha inicialmente previsto aderir ao pacto comercial, mas decidiu retirar-se das negociações no ano passado, por temer uma invasão de produtos chineses no seu mercado interno. Nova Deli não descarta, no entanto, uma adesão futura ao acordo.

A assinatura do pacto comercial surge em contexto de crise económica e pandémica, sendo vista como uma forma de a China aumentar o seu poder de influência na região Ásia-Pacífico, como consequência do isolacionismo adotado pelos EUA durante a administração Trump.