Por: Redação
Um estudo sobre o impacto em Portugal da nova diretiva de cibersegurança europeia, que implica um grande investimento na segurança informática, vai ser apresentado no Instituto Politécnico da Guarda, nos dias 8 e 9 de maio, na 5.ª Conferência Internacional de Cibersegurança.
De acordo com uma nota de imprensa enviada às redações, a entrada em vigor, a partir de 17 de outubro de 2024, da nova diretiva europeia de cibersegurança NIS 2 em Portugal vai obrigar as empresas e um grande número de serviços públicos nacionais a realizar grandes investimentos e a colocar a segurança informática no topo das agendas dos seus presidentes e administradores.
O estudo será apresentado pela jurista especializada em Tecnologia e Meios Digitais e em proteção de dados, Joana Mota Agostinho, que considera que a cibersegurança vai ser a grande questão estratégica da gestão de topo pública e privada nos próximos anos.
“A NIS vai mesmo criar uma cultura de cibersegurança europeia e, quer em Portugal, quer nos outros países da União Europeia, quem não levar este desafio a sério vai, não só ficar exposto a todo o tipo de ataques, mas também a um quadro sancionatório muito pesado”, considera a advogada do escritório Cuatrecasas.
A Conferência contará com representantes de multinacionais como a Fortinet ou a Palo Alto. Também as entidades nacionais de cibersegurança de Portugal e de Espanha vão intervir na conferência.
A NIS2 sucede à NIS (network and information systems), a diretiva com que a União Europeia condensou em 2020 a sua estratégia para a cibersegurança. Em vigor desde 16 de janeiro de 2023, alarga o âmbito de aplicação da diretiva original e passa a abranger todas as entidades da UE que prestem serviços ou que realizem atividades qualificadas como “essenciais” ou como “importantes” em áreas relevantes: setor bancário, infraestruturas do mercado financeiro, fornecedores e infraestruturas digitais, gestão de serviços TIC, saúde, serviços postais, energia, transportes, espaço, indústria transformadora, certos tipos de produção e de distribuição – e também as administração públicas.