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A automatização dos principais processos ajudaria a posicionar as PME como entidades com mais experiência digital (Foto: Unsplash)

Colaboradores de PME preveem não trabalhar em regime híbrido

De acordo com o estudo publicado pela Ricoh Europa, a maioria dos trabalhadores de PME prevê não ter a possibilidade de usufruir do regime de trabalho híbrido, assim que as restrições da pandemia forem levantadas. Entre os motivos mais destacados encontram-se a alta carga administrativa e os processos baseados em papel.

Segundo o estudo conduzido pela Ricoh Europa, a fornecedora global de tecnologia, os funcionários das PME na Europa receiam não poderem usufruir das benesses do regime de trabalho híbrido. Os dados da investigação tiveram como base mais de 1400 colaboradores de PME europeias.

Cerca de 58% dos trabalhadores acredita que, quando as restrições da pandemia covid-19 forem levantadas, estarão essencialmente a trabalhar a partir do escritório. “Ao mesmo tempo, preveem barreiras e dificuldades para trabalhar com dinamismo, devido aos pedidos em constante evolução dos clientes”, segundo a nota da organização.

No que respeita à produtividade, 45% dos funcionários diz que seriam mais produtivos se tivessem menos encargos administrativos. Ainda assim, salienta-se que “as formas tradicionais de trabalho evitam que as PME atinjam um resultado financeiro mais sólido, na medida em que os colaboradores têm menos tempo para vender ou criar novos modelos de negócios”.

Xavier Moreno, o diretor de Marketing da Ricoh Espanha e Portugal, afirma que “há anos que acompanhamos as PME nos seus desafios de transformação digital e sabemos que os seus recursos para investir em tecnologia são muito limitados. Mas investir para que os seus colaboradores possam aceder a toda a documentação de maneira remota e segura, tem um impacto positivo e imediato na sua agilidade e produtividade”.

Um dos fatores-chave para o regresso ao trabalho presencial é devido à carga de trabalho dos colaboradores, aliado à falta de ferramentas para apoiar as tarefas durante o teletrabalho e pelo fraco investimento em processos automatizados. De facto, “dois em cada cinco colaboradores têm dificuldade de acesso a conhecimento e a informação dos sistemas da empresa que necessitam, para oferecer um melhor atendimento ao cliente, enquanto trabalham remotamente”.

Este cenário acaba por ser prejudicial para a empresa e é uma característica de diferenciação no mercado, isto porque, poderá “favorecer concorrentes maiores”. O diretor de marketing explica que “muitas vezes, as PME não detetam as suas necessidades até descobrirem que, ao automatizarem os seus processos de forma eficiente, podem obter economias de custo cruciais para a sua sobrevivência e competitividade”.

51% dos entrevistados acredita que as respostas para estas situações passam pelos processos automatizados, pois são graças a eles que se poderia “melhorar a experiência do trabalho, apoiariam os esforços de retenção de talentos”. Consequentemente, 25% dos inquiridos diz estar a “pensar em procurar trabalho em empresas melhor equipadas, para o trabalho à distância.

Ao mesmo tempo, “a automatização dos principais processos apoiaria os esforços para direcionar a fidelidade do cliente e posicionar as PME como entidades com mais experiência digital”. “Otimizar os seus recursos e apostar nesta agilidade no acesso à informação pode constituir não só um avanço na forma de trabalhar, mas também um crescimento contínuo e sólido, rumo à consolidação de uma verdadeira empresa digital”, conclui Xavier Moreno.