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Carina Meireles, especialista em finanças pessoais (Foto: D. R.)

Como a banca pode ser uma aliada de poupança para as empresas

Por: Carina Meireles, especialista em finanças pessoais

Grande parte das empresas estão muito ligadas à banca e utilizam-na de uma forma muito direta e participativa, na gestão do seu negócio. Ainda se evidenciou mais com a crise, que criou um impacto financeiro significativo em grande parte das empresas.

Esta relação deve ser privilegiada, mas muito bem acompanhada também por parte das próprias empresas, principalmente porque devem sempre negociar com os bancos tudo o que impacte direta ou indiretamente o negócio.

Haver um acompanhamento regular, muito também por parte das empresas, olhando mais diretamente para as despesas que pagam ao banco de forma regular e perceber o que têm de fazer e por onde podem ir, para que a banca possa ajudar a reduzir custos, é primordial.

Para isso, aqui ficam três dicas:

1. Separe a conta pessoal da do seu negócio

Pode trabalhar com o mesmo banco, mas não misture os movimentos do seu negócio com a conta pessoal.

Veja no seu banco, inclusive, uma forma de reduzir as comissões de gestão de conta do seu negócio, porque no mercado existem formas de o fazer com soluções bem competitivas e pode poupar tempo e dinheiro.

Ao fazer a separação consegue gerir melhor todas as entradas e saídas do negócio e controlar gastos, bem como evitar que tenha que utilizar dinheiro pessoal, que nada tem a ver com a empesa e vice-versa.

 

2. Analise todos os créditos a decorrer

Esta análise é crucial, para perceber se está a pagar demais, nomeadamente nas taxas de juros e é uma boa altura para negociar com o banco, porque a concorrência é muita e o mercado está sempre à procura de clientes novos, apresentando muitas vezes melhores condições do que a clientes que já trabalhem com o banco há algum tempo.

Procure um especialista na matéria que o ajude a encontrar soluções no mercado mais rentáveis. Pode estar a pagar num crédito um juro que fazia sentido quando o fez, mas atualmente não, logo, esta análise pode fazer com que possa poupar um valor interessante de dinheiro.

Será que tem o financiamento mais adequado? Muitas empresas contratam créditos como leasings, rentings, sem perceber verdadeiramente tudo o que está inerente a cada tipo de financiamento (propriedade, garantias, valor residual, etecetera).

 

3. Analise a carteira de seguros

Sabe quanto paga pelos seguros que tem no seu negócio? E quais são? Que coberturas têm?

É fundamental, também na carteira de seguros, ser a empresa, com a ajuda de um especialista, a fazer uma análise exaustiva de como se está a comportar, preço, coberturas, limites, franquias, exclusões, com o devido acompanhamento regular, atendendo à data da anuidade dos mesmos.

Algum dos seguros que tem é um produto associado a um crédito que contratou? Então mais uma razão para saber mais informação do que pode fazer com esta apólice.

Este acompanhamento deve ser feito todos os anos, para não estar a pagar dinheiro a mais, por exemplo, por coberturas que não fazem sentido para o seu negócio e, claro, negoceie tudo!

Compare, pesquise, negoceie sempre tudo e esteja na disposição de mudar de banco caso seja necessário, porque a sua decisão pode ter um impacto significativo nos custos associados aos bancos, que se vão notando ao longo do tempo.