Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Covid-19: Vacina portuguesa pronta para ensaios clínicos

Após resultados promissores durante a fase de ensaios pré-clínicos, a Immunethep, a startup portuguesa que está a desenvolver a vacina contra a covid-19, está pronta para iniciar os ensaios clínicos.

A vacina portuguesa contra a covid-19 que está a ser desenvolvida pela startup Immunethep, em Cantanhede, está pronta para entrar na próxima fase de ensaios clínicos. De acordo com o diretor executivo da empresa, Bruno Santos, em entrevista à agência Lusa, confirma que está a “aguardar o investimento público necessário”.

Em abril, a farmacêutica já tinha anunciado resultados promissores relativamente aos ensaios pré-clínicos. Passado pouco mais de um mês, Bruno Santos comprova que a vacina está pronta para passar à próxima fase.

O diretor afirma que se já houvesse garantia de investimento, a Immunethep já estaria a iniciar a produção das vacinas de modo a serem utilizadas na primeira fase dos ensaios clínicos. Ainda assim, o responsável executivo confirmou que também tem tido reuniões com privados, mas que a maior parte do investimento vem “de fontes públicas”.

Bruno Santos reconhece que há a possibilidade de a vacina ser apoiada por fundos comunitários, mas chama à atenção para a necessidade de se “pensar em formas alternativas de financiamento” para acelerar o processo, por exemplo através da compra antecipada de vacinas por parte do Governo.

O diretor executivo da Immunethep confirmou ainda que os ensaios iniciais irão decorrer em Portugal de modo a ser testada a segurança da vacina em humanos.

Numa fase mais alargada, que irá compreender duas mil a cinco mil indivíduos, a Immunethep terá que desenvolver ensaios noutros países, pois a maioria das pessoas em risco em Portugal já está vacinada.

Quando questionado sobre a possibilidade de levantamento das patentes das vacinas, Bruno Santos explicou que esse “é um não assunto” e que o “mais importante é a capacidade de produção”.

O diretor destacou ainda o facto de que a vacina desenvolvida em Portugal está a utilizar o vírus como um todo, ou seja, torna-a “mais robusta” diante das novas variantes da doença.

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