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Criação de novas empresas cresce 14% no primeiro semestre do ano

De acordo com o último relatório da Informa D&B, no primeiro semestre de 2021 foram criadas mais de 20 mil empresas em Portugal, o que corresponde a um aumento de 14,4% face ao período homólogo.

No primeiro semestre do ano foram criadas 20 926 empresas em Portugal o que significa que, quando comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 14,4%. Segundo a Informa D&B, apesar de este crescimento estar abaixo do registado em 2019 (- 25%) já demonstra “alguma recuperação na atividade empreendedora”. Porém, esta recuperação está a ser feita a diferentes velocidades tendo em conta o setor de atividade, mas (quase) todos estão a demonstrar sinais de recuperação.

Os setores das Atividades Imobiliárias, da Agricultura e outros recursos naturais, o do Retalho e das Tecnologias de Informação e Comunicação registaram um crescimento na ordem dos 20%, sendo que, no Retalho, o subsetor “Têxtil e Moda” e a atividade de retalho online foram os que contribuíram “muito significativamente” para este crescimento.

Contudo, o setor em que se registou um maior número de novas empresas é o dos Serviços Empresariais com 3615 novas organizações, o que corresponde a um aumento de 20%. Por oposição, os setores dos Grossistas, Indústrias e Alojamento e Restauração demonstraram um crescimento “mais modesto”, ou seja, um aumento de 3%.

Relativamente ao setor dos Transportes, este mantêm a tendência de queda desde 2020, como resultado do subsetor “Transporte ocasional de passageiros em veículo ligeiros”, que está a sofrer um declínio de 36%.

No que diz respeito às regiões, no continente destacam-se os distritos de Leiria, Viana do Castelo e Santarém, com um crescimento superior a 20%. Ainda assim, o maior aumento continua a ser registado nas ilhas, com a Região Autónoma da Madeira a crescer 64% e a dos Açores 25%. A crescer de forma mais lenta, encontram-se os distritos de Lisboa e Faro, ambos com um crescimento de 9%.

Para Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “o primeiro semestre apresenta alguns sinais de melhoria na dinâmica do tecido empresarial”, salientando que “o Alojamento e Restauração mantém-se o setor mais afetado nos vários indicadores analisados”.

A diretora chama a atenção para “a incerteza que se vai manter nos próximos meses” pelo que é aconselhado “que as empresas estejam atentas à evolução dos indicadores, em especial aqueles que acompanham a evolução do risco comercial”.

Tendo em conta o comunicado, a 30 de junho de 2021, havia cerca de 525 mil empresas ativas em Portugal, o que significa mais 2,9% do que o valor registado no início do ano, sendo que “para estes valores contribuiu também a redução dos encerramentos e insolvências que se verifica desde o início da pandemia”. Por isso, no final do primeiro semestre do ano “ambos os indicadores mantêm tendência de descida, com as novas insolvências a recuarem 11,3% e os encerramentos 2,5%”.