É no setor do alojamento e restauração que os custos fixos operacionais representam uma maior fação da percentagem de vendas, seguido do setor da saúde e outros serviços.
Dados divulgados pelo Banco de Portugal, revelam que a crise pandémica tem vindo a sublinhar a importância dos custos fixos operacionais “na capacidade das empresas fazerem face a uma queda abrupta nas vendas”.
Segundo a análise, no período entre 2006 e 2018, estes custos representaram uma média de 15% do total de vendas das empresas portuguesas, sendo os pequenos negócios do setor do alojamento e restauração são os que detêm uma percentagem mais elevada de custos fixos operacionais (31%). Seguem-se as atividades de saúde (28%) e outros serviços (23%).
Em contraste, cabe ao comércio por grosso e a retalho o valor mais baixo (9%), seguindo-se as atividades relacionadas com transporte e armazenagem (10%).
Quando analisadas as dimensões das empresas, o Banco de Portugal destaca a disparidade entre os custos fixos operacionais das microempresas, que rondam os 18% do total de vendas, e nas grandes empresas, com cerca de 13%.
Segundo a instituição, os custos fixos operacionais correspondem aos “custos que não se alteram com o seu nível de vendas”, havendo, no entanto, flexibilidade para que as empresas os possam reduzir, consoante os “contratos de trabalho celebrados pela empresa, a opção pela terceirização de partes do processo produtivo e a opção entre compra ou aluguer de ativos fixos”.