Aparelho pode sobrevoar uma distância de 60 quilómetros e assim fazer chegar medicamentos a aldeias praticamente inatingíveis por terra.
A startup norte-americana Vayu anunciou que o seu drone realizou os primeiros voos de longa distância, transportando amostras de sangue e fezes de vilas remotas até um laboratório. A ideia é que, de futuro, o aparelho possa transportar vacinas e medicamentos a locais onde, de outra forma, seria praticamente impossível fazê-los chegar.
Segundo a Vayu, a experiência foi feita no passado dia 27 de julho, sobre Madagáscar, onde o aparelho não tripulado aterrou numa aldeia remota daquele país africano, levando amostras de sangue e fezes até um laboratório central.
Este tipo de drones pode transportar vacinas, medicamentos e amostras sensíveis à temperatura e à pressão, melhorando o tratamento e diagnóstico de várias doenças, como a ténia.
A startup esclarece que o drone foi “desenvolvido especificamente para entregar suprimentos de saúde essenciais ao destino final em países em desenvolvimento”, sendo capaz de descolar e aterrar verticalmente, sem usar uma pista ou um lançador.
O aparelho está preparado para carregar dois quilos de materiais médicos numa distância até 60 quilómetros.
A Vayu foi criada em 2014 e tem sede no Michigan, Estados Unidos. A empresa trabalha em Madagáscar com o Instituto de Saúde Global da Universidade Stony Brook e com o apoio dos governos locais e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
A empresa já está a trabalhar num novo drone capaz de voar durante 100 quilómetros e tem como objetivo usar esta nova tecnologia em países como a Papua-Nova Guiné, Maláui, Filipinas e Nepal.
Veja o vídeo do drone divulgado pela Vayu: