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Vinte empresas vão participar neste programa (Foto: Mariana Fernandes)

Mais de 700 profissionais no arranque da E-Commerce Experience

Arrancou, esta quarta-feira, em Lisboa, o E-commerce Experience, um programa de fomento ao comércio eletrónico que irá permitir a 20 empresas potenciar esta ferramenta de vendas online, aprendendo com mentores e empreendedores do ramo.

O programa arrancou com um bootcamp, que decorreu no Polo Tecnológico de Lisboa, com mais de 700 pessoas a assistir a uma tarde de imersão em e-commerce.

O E-Commerce Experience nasceu no Brasil e foi trazida para Portugal por Vanessa Caldas e Ariel Alexandre.

Durante seis meses, todas as quintas-feiras haverá palestras privadas para as 20 empresas selecionadas, além de visitas técnicas e workshops de fomento ao comércio online. As empresas selecionadas são a OLX, Worten, O Boticário, Quem disse, Berenice, Science4you, Sacoor Brothers, Salsa, Delta Cafés, La Redoute e Sportzone, Knot, Pekan Jewellery, Zumub, Planetiers, Dalifal ,Prime Trading, CuboHotel, Street Surfing, Master Swiss e TNBI.

O programa é gratuito e termina em março do próximo ano.

 

“Think big, think fast”

O bootcamp contou com a presença de alguns convidados de renome do panorama tecnológico nacional, nomeadamente Bernardo Correia, CEO da Google Portugal, que moderou o painel sobre oportunidades de e-commerce em Portugal.

Sublinhando o facto de o consumidor português comprar mais online no estrangeiro, Bernando Correia considerou que este “é um problema de oferta, pois procura não falta”.

“Há muita vontade de comprar online e muito trabalho a fazer”, acrescentou, salientando a necessidade de pensar em grande e rápido: “Think big, think fast”.

 

Bernardo Correia (Google), Rafic Daud (Undandy), Pedro Santos (Sonae MC), Jorge Silva Martins (PLMJ Associados ) e João Dias (AICEP) no E-commerce Experience (Foto: Mariana Fernandes) ecommerce experience ome magazine
Bernardo Correia (Google), Rafic Daud (Undandy), Pedro Santos (Sonae MC), Jorge Silva Martins (PLMJ Associados ) e João Dias (AICEP) no E-commerce Experience (Foto: Mariana Fernandes)

Já João Dias, administrados executivo da AICEP, considerou o E-commerce Experience como uma “grande oportunidade para as PME nacionais”, lembrando que o movimento de importação em Portugal “não é muito saudável”, uma tendência que é preciso “contrariar”.

Jorge Silva Martins, associado na PLMJ Associados, considerou que o “e-commerce tem potencial”, pois “Portugal passa a estar num mercado global”, contudo, reforçou a necessidade de uma “legislação 4.0” e de as “entidades públicas olharem para o e-commerce” para legislarem de acordo.

Por seu turno, Pedro Santos, responsável de e-commerce e mobile da Sonae MC, reforçou que o “e-commerce é uma enorme oportunidade de servir melhor os clientes”, mas lembrou que “os fundamentais são os mesmos: o foco no cliente”.

Pela Undandy, marca portuguesa de fabrico de sapatos customizados e vendidos online, o fundador Rafic Daud lembrou que “o mundo muda muito depressa, especialmente no digital”, pelo que se torna importante “ter uma visão a dez anos e uma execução a 90 dias”.

Além disso, sublinhou a importância de “conhecer o consumidor”.

 

E-shopper português

O bootcamp contou, ainda, com a presença de Raquel Ribeiro Pereira, responsável de e-commerce da Salsa, que apresentou o case study da marca sobre o desenvolvimento do seu comércio online.

Pela Chronopost, Carla Pereira, responsável de marketing e comunicação, apresentou um estudo sobre o comportamento o português que consome online: segundo os dados da Chronopost, o e-commerce em Portugal representa 8,6% do total das compras, sendo a moda, tecnologia e cosmética os produtos mais apetecidos.

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Carla Pereira, responsável de marketing da Chronopost (Foto: Mariana Fernandes)

O estudo indica, ainda, que 54% das compras são feitas em websites estrangeiros e que Portugal é o segundo país da Europa com mais compras no estrangeiro.

A China é o país onde os portugueses mais compram online (54%), seguindo-se o Reino Unido (51%) e a Espanha (40%).

Quanto à geração millennial, o estudo refere que 56% usa o smartphone para comprar online, sendo que 83% compra em websites estrangeiros.

As possibilidades de entrega em casa ou no local de trabalho, alteração do ponto de entrega, ou entrega no dia seguinte, são algumas das funcionalidades mais valorizadas pelos compradores.

 

Veja aqui o vídeo do evento: