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ONU deixa um conjunto de sugestões para desenvolvimento económico nos próximos anos (Foto: Pixabay)

Economia mundial: pior recessão dos últimos 90 anos

Organização das Nações Unidas afirma que se perderam cerca de 114 milhões de empregos e que 120 milhões de pessoas se encontram no patamar de pobreza extrema, tornando a atual crise pandémica no principal fator para que a economia mundial apresente a pior recessão observada nos últimos 90 anos.

A economia mundial sofreu a pior recessão dos últimos 90 anos, declara a Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentando que todos os progressos económicos realizados ao longo da última década poderão ser perdidos por força da crise pandémica que se tem vindo a perpetuar em termos globais.

No relatório da ONU sobre o desenvolvimento sustentável, são apresentados números alarmantes que apontam para que, ao longo do atual cenário pandémico, tenham já sido perdidos cerca de 114 milhões de empregos, bem como contabilizadas cerca de 120 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.

De acordo com a Organização Mundial, a situação é mais sensível nos países mais pobres do mundo, sendo uma conjuntura que pode atrasar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por, pelo menos, mais dez anos.

Com uma desigualdade mundial mais vincada, cerca de 13,5 biliões de euros foram aplicados em fundos de estímulo e recuperação económica, de forma a evitar uma catástrofe pior. No entanto, menos de 20% dessa quantia foi gasta em países em desenvolvimento.

Pedindo apoios para a globalização das vacinas, a ONU solicita o compromisso internacional de 0,7% na Assistência Oficial ao Desenvolvimento, bem como novos financiamentos concessionais destinados a países em desenvolvimento, alertando para um investimento sustentável e inteligente que poderá ser capaz de reduzir riscos e tornar o mundo mais resistente a situações idênticas no futuro.

Num relatório que recomenda a modernização dos mercados de trabalho e de políticas fiscais, a Organização sugere ainda a tributação da economia e comércio digital num contexto de uma solução acordada mundialmente, bem como um melhor uso da tecnologia de forma a combater fluxos financeiros ilícitos.

A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, indica que a pandemia evidenciou a dependência global dos países, afirmando que “os desastres não respeitam as fronteiras nacionais”. Assim, Amina Mohammed considera que é preciso alterar a forma de atuação para melhorar a atual conjuntura e não levar “às mesmas consequências que foram reveladas no ano passado”.