Segundo as estimativas da Euler Hernes, a economia portuguesa deverá crescer acima da média da Zona Euro já no próximo ano. Para este ano, as projeções até agora avançadas apontam para um crescimento de 4%.
É esperado que, em 2022, a economia portuguesa tenha um crescimento de 5,4%, representando um crescimento acima do esperado para a Zona Euro, que segundo as estimativas da Euler Hermes, empresa de seguros de crédito, este último sofrerá um aumento de 4,2%.
Relativamente às projeções para a evolução da economia portuguesa até ao final de 2021, espera-se que esta cresça cerca de 4%, acompanhando a média das economias europeias.
Para os acionistas, este crescimento é influenciado pelos fundos de 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido, que estão previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, no âmbito do programa “Next Generation EU”, no plano de recuperação da União Europeia, e ainda nos empréstimos para os próximos cinco anos no valor de 2,7 mil milhões de euros.
O estudo previu ainda um crescimento do PIB espanhol de cerca de 5,3% em 2022, e em Itália, também para o próximo ano, é esperado um crescimento na ordem dos 4,6%. No entanto, as economias francesa e alemã apresentam projeções menos favoráveis, ao que tudo indica não deverão ultrapassar os 3,8%.
A nível mundial, o estudo “Grand reopening: new opportunities, old risks” conclui que o PIB global também terá tendência a crescer já este ano, cerca de 5,5% e 4,1% em 2022. Os principais impulsionadores deste crescimento, os Estados Unidos (EUA) e a China, deverão também acompanhar estes números. Assim, é esperado que os EUA crescem 6,3% este ano e 4,0% em 2022, e as previsões para a economia chinesa é de um aumento de 8,2% em 2021 e 5,4% em 2022.
No polo oposto, as regiões que apresentam uma recuperação mais lenta são a África do Sul, não ultrapassando os 2,2% do PIB em 2021 e os 1,9% no próximo ano, e o Japão, com um crescimento previsto de 2,1% em 2021 e 1,9% em 2022.
Recorde que o comércio global diminuiu cerca de 8% no ano passado, mas este ano as previsões são para um crescimento de 7,7%, impulsionado pelas “expetativas positivas no que diz respeito às exportações robustas da zona Ásia-Pacífico e das fortes importações dos EUA, Europa e China”.
De acordo com a nota da COSEC, o estudo lembra ainda a importância de uma transição para uma economia sustentável “e o seu impacto na recuperação económica”. É por isso crucial “a adoção de um modelo de crescimento mais sustentável”, pelo que será necessário haver uma redefinição de políticas industriais, “para garantir novos recursos fiscais, subsídios de transição, proteção dos produtores nacionais e investimento em infraestruturas”.